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Revista_Black_Rocket_Ed5

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— Que diabos vocês querem fazer em Seberneskaya? E o que os faz acreditar que possofazê-los chegar lá? Vocês acham que faço mágicas, que sou um figurão do Politburo passandoférias neste restaurante? Estão loucos, vocês não leem os jornais? Há uma revolta bem sangrentapor lá! Os nativos não querem mais viver sob o jugo de Moscou e com ajuda da CIA estão dandotrabalho para o Exército Vermelho.Apartamento do doutor Marcus <strong>Black</strong>, Nova York28 de Julho de 1957No trajeto de táxi do restaurante para o apartamento de seu pai, não conversaram. Alanasabia que Fritz tinha contatos de todos os tipos em todos os lugares e não se espantou aoconhecer Nikolai. O que tirava a pouca tranquilidade que lhe restara era a dúvida do quehaveria numa remota república soviética revoltosa que poderia salvar a vida de seu pai. Alémdisso, a pequena fortuna exigida pelo russo para os levar até lá somente tornava aquela opçãoainda mais remota.— Fritz, onde acha que poderemos conseguir tanto dinheiro em tão pouco tempo?— Não se preocupe, sei exatamente quem poderá nos ajudar, talvez não como você aprovariase não fosse uma situação tão grave.— Diga logo. Quem?— Conheço um contrabandista de artefatos arqueológicos que pagará de bom grado o quantoprecisamos por uma das peças da coleção secreta de seu pai.Alana não sabia o que dizer e pensar. Tanto a ideia de negociar com um contrabandistaquanto a de seu pai ter uma coleção secreta de artefatos arqueológicos era algo que a repugnava.Nova York30 de julho de 1957Era de manhã e, enquanto o táxi percorria as ruas movimentadas do centro, Alana olhavapela janela sem realmente se dar conta do que via. Em sua mente, um turbilhão de pensamentoslutava furiosamente por sua atenção, e o que estava prestes a fazer a deixava nauseada, mesmosabendo que era a única solução para possivelmente salvar a vida de seu pai. A lembrança dapequena, porém seletíssima, coleção de artefatos arqueológicos que seu pai escondia em umcômodo secreto em seu apartamento a enfurecia, principalmente porque seu pai sempre condenaraaquele tipo de prática.O táxi parou diante de um prédio elegante e discreto. Pagou e desceu apertando contra ocorpo a pesada bolsa de couro que guardava um artefato de milhares de anos e valor inestimável. Oeducado porteiro ligou para o escritório que Fritz dissera que era onde deveria ir e após uma rápidatroca de palavras permitiu que entrasse.O elevador subiu lentamente. Sozinha no espaço confinado, Alana respirou fundo e esboçouo melhor sorriso que conseguiu, mas o resultado que viu refletido na porta de latãopolido não parecia nada convincente. Amaldiçoou Fritz por não vir com ela, mas o argumentode que, por causa de uma negociação malfadada no passado recente com o tal contrabandistaele não seria nada bem-vindo no covil do bandido, foi forte o suficiente para convencê-la a irsozinha e anônima.ALANA BLACK E OS DIAMANTES NEGROS37

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