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TÍTULO DA HORA COM MUITAS LINHAS!<br />
O samba se mostra uma fonte privilegiada para a<br />
compreensão das formas de apropriação da cidade,<br />
em sua dinâmica e complexidade, por aqueles que<br />
efetivamente participam de sua construção e<br />
vivenciaram as transformações que a historiografia<br />
da urbanização retrata, geralmente em termos<br />
excessivamente estruturais. (SILVA, 2011. P.74)<br />
Moraes (2004) faz uma observação pertinente no que diz<br />
respeito às influências estrangeiras que a musicalidade e a<br />
produção musical paulistana sofreram ao longo dos anos 50. Ele<br />
considera que certa “tendência homogeneizadora” (MORAES,<br />
2004. P.629) tem atingido a capital com a chegada de ritmos<br />
musicais vindo de vários lugares do continente americano,<br />
sendo a musicalidade dos Estados Unidos que chegava com o<br />
cinema em um processo de “americanização” que influenciava<br />
várias gerações e atingia os meios de comunicação em massa;<br />
quanto a chegada de outros ritmos latinos vindo de países<br />
como Cuba e México, que atingiram a capital com seus ritmos<br />
mais animados (mambos e rumbas) e os mais lentos que<br />
demonstravam saudosismo e sofrimento de líricas amorosas<br />
(boleros e tangos). Os boleros foram largamente difundidos<br />
pela indústria fonográfica e os intérpretes que aderiam a<br />
musicalidade acabavam por conquistarem muitos fãs pela<br />
capital.<br />
O autor ainda destaca que mesmo a cidade de São Paulo<br />
sendo acostumada ao hibridismo e pluralidade cultural, a<br />
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