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TÍTULO DA HORA COM MUITAS LINHAS!<br />
com a notícia, mas seu pai, Fernando Rubinato, logo tirou a<br />
empolgação do filho disseminando um pensamento comum<br />
para o período, de que trabalhar no rádio não era realmente um<br />
trabalho. Poucos eram os artistas profissionais na época, que<br />
conseguiam se manter apenas com o que ganhavam como cachê<br />
cantando, e seu Fernando sabia disso. E estava certo: em pouco<br />
tempo na rádio Cruzeiro do Sul, o jovem foi dispensado. Mas já<br />
tinha feito sua rede de contatos e amigos e não ia desistir do<br />
que queria.<br />
Participou de um concurso de marchinhas de carnaval<br />
para as festividades de 1935. Depois de procurar fazer parcerias<br />
e compor sambas que não tiveram grande repercussão, acabou<br />
se fixando na Rádio Record. Foi nessa rádio que conheceu os<br />
Demônios da Garoa, grupo que seria e é até hoje, grande<br />
divulgador das suas canções, e se tornaram grandes<br />
incentivadores da forma de cantar e compor de Adoniran,<br />
mesmo com seus vícios de linguagem. Foi na Rádio Record<br />
também que conheceu uma das figuras mais importantes para<br />
sua carreira, que dividiria com ele parcerias e ideias, o produtor<br />
Osvaldo Moles.<br />
Foi com Osvaldo Moles que dividiu a criação de um dos<br />
programas mais famosos do rádio no período, que tinha<br />
Adoniran como principal personagem. Era o programa<br />
“História das malocas”, no qual Adoniran interpretava um de<br />
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