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Introdução à Teoria Geral da Administração· IDALBERTO CHIAVENATO

4. A organização se aproxima do sistema fechado,

com requisitos mínimos de mudança do

meio. 58

Perrow 59 chama a teoria burocrática de visão

"instrumental" das organizações: essas são vistas

como arranjos conscientes e racionais dos meios

para alcançar fins particulares. Para Perrow a burocratização

envolve:

1. Especialização.

2. Necessidade de controlar as influências dos

fatores externos sobre os componentes internos

da organização.

3. Um ambiente externo imutável e estável.

2. Mecanicismo e as limitações

da "Teoria da Máquina"

A Teoria Tradicional- cujos três modelos clássicos

são os de Taylor (Administração Científica), Fayol

(Teoria Clássica) e de Weber (Modelo Burocrático)

- focalizou as estruturas internas, abordando os

problemas organizacionais em termos de sistemas

fechados. O termo "teoria da máquina" (proposto

por Worthy em 1950) é aplicável aos três modelos

que abordam a organização, embora constituída

por pessoas, como uma máquina construída para

cumprir uma tarefa. Katz e Kahn explicam que alguns

dos conceitos explícitos ou implícitos da teoria

da máquina são: 6o

1. Especialização das tarefas, para obter eficiência

com a subdivisão das operações em seus

elementos básicos.

2. Padronização do desempenho da função para

garantir ausência de erros.

3. Ullidade de comando e centralização da tomada

de decisão. A organização não é necessariamente

autodirigida, embora concebida como

uma máquina. Para manter a coordenação do

todo, as decisões devem ser centralizadas em

um só comando e deve haver unidade de comando

atrayés da responsabilidade de homem

para homem dentro da cadeia escalar. Além

disso, a amplitude de controle é limitada como

reforço da unidade de comando.

4. Uniformidade de práticas institucionalizadas,

além da padronização das tarefas. As maneiras

de lidar com o pessoal são uniformes.

5. Não duplicação de função a fim de se garantir

a centralização.

Katz e Kahn 61 salientam as fraquezas da teoria da

máquina, a saber:

1. Pouca importância do intercâmbio do sistema

com seu ambiente e as influências do meio,

em constante mudança e exigindo modificação

constante da organização.

2. Limitação no intercâmbio com o ambiente. As

entradas restringem-se a matérias-primas e

mão-de-obra, omitindo-se os valores e necessidades

das pessoas e o apoio social da comunidade

e do público. As saídas se restringem

ao produto físico que a organização coloca no

ambiente.

3. Pouca atenção aos subsistemas da organização,

com sua dinâmica e intercâmbio dentro

da organização.

4. Negligência quanto à organização informal.

5. Concepção da organização como um arranjo

rígido e estático de órgãos.

Em suma, o modelo weberiano é mecanicista e

tem mais em comum com os teóricos da gerência

administrativa (como Fayol) do que com os autores

posteriores a partir do modelo burocrático. 62

3. Conservantismo da burocracia

Bennis aponta as seguintes críticas à burocracia:

1. A burocracia não considera o crescimento

pessoal e o desenvolvimento da personalidade

das pessoas.

2. Ela leva à conformidade e ao conformismo

das pessoas.

3. Ela não considera a organização informal.

4. Seu sistema rígido de controle e de autoridade

está ultrapassado.

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