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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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Swanwick e Tillman; a teoria de “música como cognição” de Serafine e a “abordagem por<br />

sistema de símbolos”, relacionada aos estudos de Gardner e Davidson & Scripp. Segundo<br />

Hargreaves e Zimmerman (IDEM) as três teorias em questão são ramificações da abordagem<br />

cognitiva ou cognitivo-desenvolvimentista, utilizando principalmente alguns dos conceitos<br />

propostos por Jean Piaget.<br />

Embora apresentem diferenças <strong>no</strong>s postulados sobre o desenvolvimento <strong>musical</strong> e a<br />

forma como percepção e produção <strong>musical</strong> se desenvolvem, as três teorias apresentam<br />

algumas conclusões similares. Para Hargreaves e Zimmerman (2006, p. 260), as três teorias<br />

sugerem a existência de padrões de desenvolvimento claros na produção, percepção, execução<br />

e representação musicais e relacionam este desenvolvimento com a idade (p. 261).<br />

Em pesquisa sobre aprendizagem <strong>musical</strong> com adultos, Kebach (2009, p. 84)<br />

menciona algumas diferenças entre a aprendizagem <strong>musical</strong> de adultos e de crianças. Para ela,<br />

“enquanto a criança age muito mais a partir de percepções imediatas e não distingue entre<br />

impressões subjetivas e a realidade externa, o adulto tende a objetivar a sua conduta”. Assim,<br />

o comportamento onde predomina o “fazer”, é substituído por outro onde o “compreender”<br />

aquilo que se faz também torna-se fundamental.<br />

Além das teorias da aprendizagem e da aprendizagem <strong>musical</strong> desenvolvidas pela<br />

psicologia e a psicologia da música, o processo de aprendizagem é foco do estudo de outras<br />

áreas do conhecimento, como a sociologia e a pedagogia, por exemplo. A visão deste<br />

processo a partir de múltiplos enfoques pode ser benéfica para a pesquisa, <strong>no</strong> sentido que, <strong>no</strong><br />

ambiente natural em que esta aprendizagem <strong>musical</strong> acontece, são múltiplos os fatores que<br />

interferem e determinam o que e como se aprende.<br />

Na perspectiva social destaca-se a preocupação com os contextos da aprendizagem.<br />

Estes, tanto determinam os conteúdos de aprendizagem aos quais o indivíduo estará exposto,<br />

como também a forma como acontecerá esta aprendizagem e ao significado conferido a ela <strong>no</strong><br />

âmbito pessoal e social.<br />

Na perspectiva da pedagogia, a preocupação com os contextos de aprendizagem<br />

também suscita o interesse na compreensão de outros espaços educativos extra-escolares.<br />

Libâneo (2002) considera os diferentes contextos educativos atribuindo a outros espaços,<br />

além da escola, o papel de ensinar. Na perspectiva do autor, ampliamos os processos<br />

educativos para outros ambientes, como a família, a sociedade, o clube, a rua... E incluímos<br />

como transmissores, auxiliadores ou influenciadores na aprendizagem outras figuras, como a<br />

tec<strong>no</strong>logia, os meios de comunicação, família, amigos, colegas de profissão, colegas de sala<br />

presentes em <strong>no</strong>ssa sociedade com os quais interagimos <strong>no</strong> dia-dia.<br />

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