Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
atividades e a contribuição das mesmas <strong>no</strong> desenvolvimento vocal dos alu<strong>no</strong>s foi mencionada<br />
por diferentes alu<strong>no</strong>s.<br />
Obama – Eu acho que eu aprendi bastante. No <strong>coral</strong> que eu cantava na igreja, desde<br />
peque<strong>no</strong>, não tinha assim, técnica vocal nem um regente que fazia exercício,<br />
ensinava o tempo das <strong>no</strong>tas. Eu aprendi bastante aqui. Por causa do tempo eu errava<br />
as músicas, aprendi extensão porque eu não tinha muita técnica. Na verdade eu<br />
cantava mais pra baixo do que pra te<strong>no</strong>r. E aqui <strong>no</strong> colégio eu comecei a fazer as<br />
técnicas e acabei virando primeiro te<strong>no</strong>r. Então, ajudou bastante.<br />
Everaldo – Aqui <strong>no</strong> colégio, também...eu aprendi a importância do aquecimento<br />
vocal. Nossa, lá na cidade que eu estava morando, eu nunca lembro de antes de<br />
cantar ter feito aquecimento vocal. Eu lembro que...Por isso que eu acho que<br />
aumentou a minha extensão vocal. Aqui eu aprendi a fazer aquecimento vocal. Coisa<br />
que eu nunca fazia<br />
Helena – Eu, assim...aprendi muito a questão de extensão aqui. Depois que eu entrei<br />
pro Tom Jovem, eu descobri o tanto que...eu não sabia que eu tinha uma extensão<br />
assim. No <strong>coral</strong> eu vou pra umas <strong>no</strong>tas do contralto que eu pensei que não ia<br />
conseguir. Daí eu comecei a cantar <strong>no</strong> sopra<strong>no</strong> e eu fui conseguindo. E a técnica que<br />
a gente ia fazendo lá me ajudou a ter uma impostação melhor, a cantar mais alto. E<br />
também eu aprendi a me adaptar à música, a ouvir toda a música. Uma música não é<br />
só a voz, a melodia. Tudo! Escutar música é você escutar um instrumento que está<br />
tocando, se tem violão, se tem baixo, o que é que tem. Escutar tudo. E isso o <strong>coral</strong><br />
me ajudou a perceber. O que está tocando agora, que <strong>no</strong>ta que é... (Entrevista, Grupo<br />
II, 17 de maio de 2010)<br />
Helena destaca ainda outro ponto, o desenvolvimento da percepção <strong>musical</strong>. Quando<br />
menciona que aprendeu a “ouvir toda a música” a aluna descreve sua percepção, afirmando<br />
que agora é capaz de ouvir não só a parte vocal – melodia – da música, mas também os outros<br />
instrumentos, a parte harmônica.<br />
Outro aprendizado relativo ao desenvolvimento <strong>musical</strong> mencionado foi a<br />
familiarização com aspectos teóricos da música. Para a maioria das músicas, o <strong>coral</strong> dispõe de<br />
partituras. Mesmo os alu<strong>no</strong>s que não possuem conhecimentos musicais acompanham ao<br />
me<strong>no</strong>s a letra na partitura. Às vezes <strong>no</strong>s ensaios, o regente pede para que todos se voltem para<br />
a partitura, e explica algum símbolo ou termo escrito lá, pedindo para que, nesta determinada<br />
parte, os alu<strong>no</strong>s executem o que está grafado.<br />
Rebeca – E também tem os termos, aqueles que a gente usa. Às vezes pra fazer uma<br />
dinâmica ou alguma parte da música. Que eles não se familiarizaram ainda. E a<br />
gente já conhece, tal...Já é mais fácil.<br />
Pesquisadora – Mas são, esses termos, aqueles termos técnicos, assim, de<br />
música...Ou...aqueles que...<br />
Alice – Dos bastidores do <strong>coral</strong>...<br />
Pesquisadora – Que a gente cria, do <strong>no</strong>sso <strong>coral</strong>?<br />
76