Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Aprendizagem musical no canto coral - CEART
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
No Grupo II, os alu<strong>no</strong>s descreveram alguns aspectos em que se tornaram mais<br />
experientes em comparação com o primeiro a<strong>no</strong> de participação <strong>no</strong> <strong>coral</strong>. Foram mencionados<br />
o conhecimento <strong>musical</strong>, a leitura da partitura, a altura das <strong>no</strong>tas além de conhecimentos<br />
extra-musicais como os hábitos e práticas sociais do <strong>coral</strong>.<br />
Arabela – Eu acho que na questão de conhecer música, sim. Porque a gente conhece<br />
desde o a<strong>no</strong> passado, já o pessoal desse a<strong>no</strong> não conhece.<br />
Helena – Eu acho que sim porque esse a<strong>no</strong> a gente já conhece mais como é o ritmo<br />
do <strong>coral</strong>, pra gente ler a partitura já é mais fácil, a gente já conhece o regente<br />
melhor.<br />
Arabela – Se bem que, como mudou o pianista, a gente tem que se adaptar ao<br />
pianista desse a<strong>no</strong>.<br />
A turma comenta o assunto.<br />
Pesquisadora – Obama, você se sente mais experiente...você sabe mais, assim, do<br />
que <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado?<br />
Obama – Eu acho que sim. Eu aprendi a ler partitura melhor. Saber a altura das<br />
<strong>no</strong>tas, eu não sabia nada... é isso!<br />
Pesquisadora – Rodrigo, você falou que não. Por quê?<br />
Everaldo – Ah, assim em alguns aspectos não, e em outros sim. Tipo, diversidade de<br />
música, aprender a ler mais partitura. Mas, tipo assim. Esse a<strong>no</strong>, por exemplo, eu<br />
não estou mais fazendo aula de pia<strong>no</strong>, então isso diminuiu um pouco o meu<br />
aprendizado de música. Eu não estou fazendo nada de música, só <strong>no</strong> <strong>coral</strong> e <strong>no</strong><br />
conjunto, só. Ai, tipo, tem também essa adaptação ao pianista e ao regente.<br />
Charlote – Eu também aprendi que a música, do jeito que ela é colocada <strong>no</strong> <strong>coral</strong>,<br />
mexe com as pessoas, mexe muito. (Entrevista, Grupo II, 17 de maio de 2010)<br />
Perguntados sobre sua aprendizagem <strong>musical</strong> <strong>no</strong> <strong>coral</strong>, todos os alu<strong>no</strong>s entrevistados<br />
mencionaram algum aspecto <strong>no</strong> qual se desenvolveram. Em muitos casos não houve por parte<br />
deles distinção entre os aprendizados musicais e os extra-musicais. Ambos são mencionados e<br />
correlacionados o que demonstra que a divisão que fazemos de tais aprendizados para efeito<br />
de estudo e análise não acontece na prática.<br />
Embora os alu<strong>no</strong>s não tenham feito distinção entre aprendizados musicais e outros<br />
tipos de aprendizado, destacamos alguns aspectos mencionados por eles e que se repetiram<br />
em vários dos diferentes depoimentos.<br />
O primeiro ponto a ser mencionado refere-se às atividades de preparação vocal. O<br />
<strong>coral</strong> não dispõe de um profissional específico para esta função, que é desempenhada pelo<br />
próprio regente. Contudo, é costume que <strong>no</strong> início de cada ensaio o regente desenvolva<br />
atividades de respiração, ressonância, apoio e articulação com os alu<strong>no</strong>s. O valor destas<br />
75