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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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et<strong>no</strong>gráficas. Não foi necessária uma familiarização nem com o local, nem com a maior parte<br />

dos sujeitos da pesquisa. Conhecer a rotina dos alu<strong>no</strong>s bem como os funcionários da escola e<br />

ter um relacionamento amistoso com eles abriu portas para que pudesse ter acesso a<br />

informações e lugares onde, talvez, um pesquisador desconhecido pelo grupo não teria<br />

espaço. O fato de ter trabalho com o <strong>coral</strong>, fez com que percebesse mais claramente o<br />

desenvolvimento dos alu<strong>no</strong>s. Muito do que foi escrito, principalmente a respeito dos alu<strong>no</strong>s,<br />

não teria sido percebido somente neste tempo que passamos <strong>no</strong> campo de pesquisa. Os<br />

depoimentos deles bem como as formas como se expressavam, através de brincadeiras ou<br />

ironias podiam ser entendidas uma vez que dominávamos um repertório compartilhado pelo<br />

grupo.<br />

Ao mesmo tempo em que a familiaridade com o local de pesquisa contribuiu para<br />

que pudéssemos compreender a aprendizagem <strong>musical</strong> <strong>no</strong> contexto estudado, esta também<br />

trouxe ao cenário da pesquisa algumas dificuldades. Primeiramente, a dissociação dos papéis<br />

que anteriormente exercíamos com o que agora éramos trouxe, principalmente para os alu<strong>no</strong>s,<br />

uma grande dificuldade. Era a mesma pessoa, contudo, com um papel diferente. No início,<br />

ouvíamos vários desabafos, confissões dos alu<strong>no</strong>s como se ainda fossemos responsáveis por<br />

suas atividades musicais. Contudo, o fato de fazermos mais de uma incursão ao campo, em<br />

períodos diferentes e por tempo de permanência também distintos, fez com que, aos poucos,<br />

os alu<strong>no</strong>s, e nós mesmos, <strong>no</strong>s acostumássemos com este <strong>no</strong>vo papel, o de pesquisadora.<br />

Outra dificuldade originada <strong>no</strong> fato de já termos participado daquele ambiente, foi a<br />

clareza das descrições contidas <strong>no</strong> texto ao longo do trabalho. Embora tenha havido um<br />

esforço para tentar descrever detalhadamente o ambiente e os dados coletados, muitas vezes<br />

deixamos de fornecer informações importantes, que para nós eram quase óbvias, mas que<br />

contribuiriam muito para que o leitor compreendesse melhor a realidade do sujeito de<br />

pesquisa.<br />

Os métodos de coleta de dados auxiliaram muito para a compreensão do objeto de<br />

estudo. O questionário, embora não usualmente empregado <strong>no</strong> tipo de pesquisa escolhida,<br />

possibilitou que conhecêssemos de forma geral o grupo, estabelecendo um perfil dos mesmos<br />

quanto às suas experiências musicais anteriores como também aos hábitos musicais<br />

desenvolvidos dentro do internato. As entrevistas proporcionaram um grande material para a<br />

compreensão do assunto. Buscamos ao longo do trabalho dar voz principalmente aos alu<strong>no</strong>s,<br />

suas concepções de <strong>coral</strong> e de aprendizagem de música. O fato de termos tido a oportunidade<br />

de realizar somente um encontro com cada grupo pode ter limitado o número de informações.<br />

Talvez, uma segunda oportunidade pudesse extrair do grupo outros dados importantes, uma<br />

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