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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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eferencial apresenta suas limitações e, a <strong>no</strong>sso ver, não sendo generalizável a todos os<br />

contextos.<br />

A apresentação e análise dos dados constituíram-se o processo final da pesquisa.<br />

Escolher o que é relevante ou não foi um exercício lento e cheio de dificuldades. Estabelecer<br />

relações entre os depoimentos diversos, relatórios de observações, respostas do questionário<br />

foi um trabalho que exigiu de nós <strong>no</strong>vas habilidades que até então não tinham sido<br />

desenvolvidas. Ao longo deste processo, alguns temas foram se destacando. Nas diferentes<br />

formas de coleta de dados, alguns assuntos pareciam repetir-se, julgamos serem eles<br />

importantes.<br />

A construção do texto referente à análise de dados procurou compreender o objeto de<br />

estudo na perspectiva das comunidades de prática. Primeiramente, buscamos entender as<br />

práticas dos alu<strong>no</strong>s, sua origem e seu desenvolvimento dentro do internato. Chegamos a uma<br />

relação dialética, onde, ao mesmo tempo em que os alu<strong>no</strong>s vem para o colégio com<br />

experiências musicais anteriores, e já com certo domínio desta prática, o Instituto incentiva,<br />

por sua filosofia e atividades cotidianas, o desenvolvimento <strong>musical</strong> dos alu<strong>no</strong>s.<br />

O segundo ponto considerado foi a comunidade. As interações entre os alu<strong>no</strong>s<br />

mostram-se muito significativas para o seu desenvolvimento <strong>musical</strong>. Embora o contexto<br />

estudado seja uma escola, muito do que se aprende, principalmente em música, acontece<br />

informalmente, <strong>no</strong>s ambientes de lazer, <strong>no</strong>s quartos ou nas reuniões religiosas. Os alu<strong>no</strong>s<br />

reconhecem que se desenvolveram neste aspecto, contudo, não fazem distinção entre o que<br />

aprenderam <strong>no</strong> <strong>coral</strong>, em aulas de instrumento, ou na convivência com os colegas. Este<br />

aprendizado inicialmente não foi reconhecido por eles como tal, o que demonstra um pouco<br />

da concepção dos mesmos sobre o que é aprender e como este processo acontece. Como este<br />

desenvolvimento não se deu estruturado por conteúdos, processos de avaliação ou presença de<br />

um professor, muitas deles não reconhecem seu desenvolvimento <strong>musical</strong> como o<br />

aprendizado de algo derivado de experiências musicais informais. Contudo, mencionam com<br />

facilidade aspectos em que cresceram ao participarem das atividades musicais do Instituto.<br />

Após considerarmos a prática dos alu<strong>no</strong>s bem como as interações entre eles em sua<br />

comunidade, prosseguimos dando ênfase à aprendizagem. Melhor desempenho vocal,<br />

afinação, conhecimento de repertório, leitura de partitura foram alguns dos aspectos<br />

mencionados pelos alu<strong>no</strong>s como frutos da atividade <strong>coral</strong>. Juntamente a estes, e sem dividi-los<br />

em categorias distintas, o <strong>coral</strong> parece ter proporcionado para estes alu<strong>no</strong>s segurança,<br />

desenvolvimento da auto-estima, respeito ao próximo, disciplina, controle emocional, melhor<br />

relacionamento com os colegas. A lista de aprendizados mencionados por eles prossegue, e se<br />

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