Aprendizagem musical no canto coral - CEART
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Embora todos os alu<strong>no</strong>s desenvolvam conhecimentos musicais ao longo da vida,<br />
cada um possui uma vivência diferente. O que torna um alu<strong>no</strong> mais experiente <strong>musical</strong>mente<br />
<strong>no</strong> grupo não é somente o tempo que faz parte do Coral Jovem do IAESC. O que parece ser o<br />
principal fator que contribui para um desempenho de destaque está relacionado às<br />
experiências musicais anteriores. Quanto maior a participação, maior a aprendizagem, maior a<br />
experiência. Outros fatores também contribuem para tanto, a oportunidade de estudo <strong>musical</strong>,<br />
a reação diante do cantar em público e a personalidade são alguns deles.<br />
5.3 Aprender <strong>no</strong> <strong>coral</strong>: aprendizagem <strong>musical</strong> e outras aprendizagens<br />
Ao considerarmos a prática <strong>musical</strong> dentro do Instituto Adventista de Ensi<strong>no</strong> de<br />
Santa Catarina bem como a importância das experiências anteriores e do incentivo da família<br />
para que os alu<strong>no</strong>s desenvolvam-se <strong>musical</strong>mente, buscamos compreender as relações dentro l<br />
da comunidade – alu<strong>no</strong>s que participam do Coral Jovem do IAESC – e sua influência neste<br />
desenvolvimento. Nesta seção, a partir da visão de que o grupo em estudo é uma comunidade<br />
de prática, buscamos compreender a aprendizagem <strong>musical</strong> destes alu<strong>no</strong>s. Temos consciência<br />
da complexidade do fenôme<strong>no</strong> aprendizagem, e não temos a intenção de contemplar todos os<br />
aspectos deste processo. Contudo, duas questões principais direcionam os parágrafos<br />
seguintes. A primeira refere-se aos conteúdos de aprendizagem dentro do Coral Jovem do<br />
IAESC. O que os alu<strong>no</strong>s aprendem? Pretendemos responder a esta pergunta utilizando as falas<br />
dos próprios alu<strong>no</strong>s bem como dados oriundos das observações e dos vídeos gravados de<br />
alguns ensaios. A segunda questão procura compreender o processo de aprendizagem,<br />
buscando respostas para: como os alu<strong>no</strong>s aprendem - a partir, claro, da perspectiva social e<br />
das comunidades de prática.<br />
Quando o tema deste trabalho começou a se direcionar para a aprendizagem <strong>no</strong><br />
contexto da comunidade de prática <strong>coral</strong>, costumávamos perguntar aos alu<strong>no</strong>s o que eles<br />
aprendiam <strong>no</strong> <strong>coral</strong>. Até este momento, não planejávamos que eles fossem o objeto de<br />
pesquisa, e por este motivo, não registramos estes diálogos. Contudo, por várias vezes os<br />
alu<strong>no</strong>s afirmaram não aprenderem nada <strong>no</strong> <strong>coral</strong>. Outros ficavam em dúvida e um tanto<br />
surpresos com a pergunta. Em geral, a maioria dos alu<strong>no</strong>s que questionávamos nunca tinha<br />
pensado nesta atividade como um momento de aprendizagem. Por vezes, tentávamos fazer<br />
com que eles refletissem um pouco, perguntando então o que em música tinha mudado para<br />
eles depois de terem participado do <strong>coral</strong>. Só então começavam a enumerar alguns tópicos tais<br />
como: aprendi a ler partitura, a cantar usando dinâmica, a ouvir as outras vozes.<br />
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