Aprendizagem musical no canto coral - CEART
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5 CORAL JOVEM DO IAESC: PRÁTICA, COMUNIDADE E APRENDIZAGEM<br />
Ao longo do processo de transcrição das entrevistas e organização dos dados obtidos<br />
nas observações e <strong>no</strong> questionário, alguns temas foram se evidenciando como categorias de<br />
análise. À medida que o período de trabalho de campo aumentava, estas categorias foram se<br />
solidificando, uma vez que repetidos discursos e ações apontavam para os mesmos temas. Das<br />
perguntas feitas aos três grupos participantes bem como dos relatos dos diários de campo<br />
dividimos o material em três grandes categorias, a saber: prática, comunidade e aprendizagem<br />
<strong>musical</strong>. Os conteúdos destas três categorias podem ser assim sintetizados: 1) experiências<br />
musicais anteriores e atuais dos alu<strong>no</strong>s dentro e fora do internato, 2) relações sociais e<br />
educacionais e 3) aprender <strong>no</strong> <strong>coral</strong>, que contempla tanto a dimensão <strong>musical</strong> quanto outros<br />
aprendizados mencionados pelos alu<strong>no</strong>s.<br />
Embora o material coletado tenha sido dividido dentro destes três sub-tópicos, o<br />
diálogo entre os temas é constante. Em alguns casos, aspectos já discutidos voltam à tona, por<br />
vezes trazendo o sentimento de que estamos repetindo informações. Contudo, a re-exposição<br />
de alguns temas reforçam a importância dos mesmos <strong>no</strong>s dados analisados, e mostram como,<br />
<strong>no</strong> campo empírico, estes tópicos estão relacionados e interligados.<br />
5.1 Prática: experiências musicais anteriores e atuais<br />
Como mencionado desde a introdução do trabalho, a freqüência e a forma como<br />
acontecem as atividades musicais dentro do IAESC chamaram a <strong>no</strong>ssa atenção muito antes da<br />
realização da pesquisa. Este foi um dos fatores que despertou em nós o interesse pelo estudo<br />
deste cenário. Ao longo da pesquisa, o que era de início uma suposição, ganhou o suporte dos<br />
relatos de alu<strong>no</strong>s e funcionários que mencionaram dezenas de vezes a freqüência destas<br />
práticas musicais <strong>no</strong> dia-dia do colégio e a importância que a instituição e os estudantes<br />
atribuem a ela.<br />
Diante da grande quantidade de experiências musicais encontradas <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> do<br />
internato, buscamos compreender a origem das mesmas. Compreendendo a filosofia do<br />
colégio, que tem por objetivo a educação integral do alu<strong>no</strong>; e a importância atribuída à música<br />
<strong>no</strong> Instituto, como um dos aspectos desta educação que contempla várias áreas do<br />
conhecimento, buscou entender como os alu<strong>no</strong>s se relacionam com estas experiências.<br />
A primeira inquietação origi<strong>no</strong>u-se <strong>no</strong> fato dos alu<strong>no</strong>s demonstrarem certa<br />
familiaridade com as práticas musicais que ali acontecem. Mesmo os estudantes que estão em<br />
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