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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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Marcelinho – O a<strong>no</strong> passado foi mais rápido, assim. Tipo...a galera pegou mais<br />

rápido. E este a<strong>no</strong> tem muita gente <strong>no</strong>va.<br />

Filipinho – Gente que nunca <strong>canto</strong>u, daí... Por exemplo, quando vai cantar baixo<br />

sempre pensam que a <strong>no</strong>ta é bem grave. A <strong>no</strong>ta pode ser lá em cima que eles estão<br />

cantam aaaaaaahhhh [e canta uma <strong>no</strong>ta bem grave] (Entrevista, Grupo III, 11 de<br />

maio de 2010).<br />

Apesar de considerarem a relação com os <strong>no</strong>vatos sem maiores problemas,<br />

preconceitos ou indiferença, alguns dos vetera<strong>no</strong>s manifestaram sua insatisfação. A<br />

justificativa para não se sentirem muito satisfeitos com a presença de <strong>no</strong>vos membros <strong>no</strong><br />

grupo é principalmente o fato de terem de passar <strong>no</strong>vamente pelo mesmo processo de<br />

aprendizagem. As músicas que já faziam parte do repertório precisam ser recapituladas, a<br />

forma de se portar <strong>no</strong>s ensaios e apresentações tem de ser aprendida. Esta aprendizagem do<br />

que já está aprendido parece incomodá-los.<br />

As observações e a análise de outros trechos da entrevista, contudo, mostram que<br />

este re-aprender constitui-se também em um importante aprendizado de <strong>no</strong>vos elementos<br />

musicais. Embora os alu<strong>no</strong>s afirmem que tem de “ensaiar tudo de <strong>no</strong>vo”, este processo é<br />

responsável por desenvolver nestes membros mais experientes <strong>no</strong>vos aprendizados, que<br />

contribuem para o seu desenvolvimento <strong>musical</strong>, para o aprimoramento das práticas já<br />

realizadas anteriormente, trazendo mais segurança e consistência para o fazer <strong>musical</strong>, mesmo<br />

que tais desenvolvimentos não sejam assumidos ou que os alu<strong>no</strong>s tenham consciência destes.<br />

Os próprios alu<strong>no</strong>s parecem reconhecer que a adaptação do grupo <strong>no</strong>vo acontece ao<br />

longo do a<strong>no</strong> de trabalho. Eles consideram como membros <strong>no</strong>vos os que chegaram neste a<strong>no</strong>,<br />

incluindo os alu<strong>no</strong>s que estão em seu segundo a<strong>no</strong> <strong>no</strong> Instituto como membros experientes. O<br />

motivo para tal classificação é explicado por Heitor, que diz que <strong>no</strong> momento do Tour, o <strong>coral</strong><br />

já está “bem filé”.<br />

Para o segundo grupo entrevistado, composto por alu<strong>no</strong>s vetera<strong>no</strong>s, mas que estão<br />

em seu segundo a<strong>no</strong> de participação <strong>no</strong> <strong>coral</strong>, os <strong>no</strong>vos alu<strong>no</strong>s são vistos de forma um pouco<br />

mais negativa.<br />

Helena – É diferente porque o a<strong>no</strong> passado a gente que entrou já tinha mais uma<br />

<strong>no</strong>çãozinha porque já cantava na igreja, e tal. Só que eles não têm <strong>no</strong>ção de nada.<br />

O grupo concorda!<br />

Eduardo – Falta um pouco de vontade deles também. Eles têm muita má vontade.<br />

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