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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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ecebemos do diretor do colégio livre abertura para a realização da pesquisa. A partir dele,<br />

tomamos conhecimento do perfil dos alu<strong>no</strong>s para este a<strong>no</strong> – dois terços dos matriculados eram<br />

alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong>vos.<br />

A conversa informal com o regente do <strong>coral</strong> <strong>no</strong>s forneceu um pa<strong>no</strong>rama geral dos<br />

pla<strong>no</strong>s e desafios do <strong>coral</strong> para este a<strong>no</strong>. Na mesma narrativa, foi possível discutirmos um<br />

pouco sobre a aprendizagem de música <strong>no</strong> <strong>coral</strong>, e alguns comentários feitos por ele<br />

enriqueceram <strong>no</strong>sso trabalho <strong>no</strong> sentido de levantar outros aspectos importantes a serem<br />

considerados na pesquisa.<br />

Na conversa com os alu<strong>no</strong>s, ficou evidente uma das dificuldades que teríamos na<br />

pesquisa: o fato de termos anteriormente pertencido a este ambiente. Em virtude dos laços<br />

afetivos que desenvolvemos com alguns dos alu<strong>no</strong>s que estão <strong>no</strong> colégio há mais tempo,<br />

vários deles encontraram nestes momentos uma oportunidade para desabafos pessoais. A<br />

princípio, este fator <strong>no</strong>s preocupou bastante. Questionamos se estes alu<strong>no</strong>s poderiam<br />

diferenciar a antiga regente da atual pesquisadora. Contudo, ao longo do processo de coleta de<br />

dados que ocorreu posteriormente, este comportamento foi aos poucos desaparecendo, e o<br />

relacionamento estabelecido ao longo dos a<strong>no</strong>s de atuação profissional foram úteis <strong>no</strong> sentido<br />

de propiciar uma abertura à participação na pesquisa.<br />

Aproximadamente um mês após a fase exploratória, fizemos as primeiras<br />

observações <strong>no</strong> local. O primeiro evento observado foi o ensaio de um dos grupos musicais do<br />

Instituto. A observação teve duração de uma hora e meia, e foi mais importante <strong>no</strong> sentido de<br />

desenvolver a técnica nesta forma de coleta do que pelo conteúdo captado. Durante o ensaio,<br />

permanecemos sentados em um <strong>canto</strong> da sala, utilizando um cader<strong>no</strong> para as a<strong>no</strong>tações<br />

pertinentes. Ao final, a concentração requerida para a atividade deixou-<strong>no</strong>s exaustos. Foi um<br />

dos primeiros sinais de que o processo de coleta de dados seria exigente co<strong>no</strong>sco.<br />

No mês seguinte, realizamos um período mais intenso de observações. Durante três<br />

semanas, estivemos morando <strong>no</strong> Instituto. A localização do quarto onde <strong>no</strong>s instalamos era<br />

privilegiada <strong>no</strong> sentido de permitir-<strong>no</strong>s observar de dentro do próprio ambiente o movimento<br />

e as manifestações so<strong>no</strong>ras do residencial femini<strong>no</strong> e da área de lazer.<br />

Para este período mais intenso de coleta de dados, preparamos um roteiro de<br />

observações que identificava os locais onde as manifestações musicais eram mais<br />

intensamente percebidas (Anexo B). Ao longo do dia, procurávamos estar <strong>no</strong>s ambientes onde<br />

se encontrava a maioria dos alu<strong>no</strong>s. Além de observarmos o desenvolvimento das atividades<br />

<strong>no</strong>rmais dos estudantes, procurávamos conversar com vários deles, conhecidos ou não. Em<br />

geral, eles <strong>no</strong>s perguntavam o que estávamos fazendo <strong>no</strong> local e sobre o que era a pesquisa.<br />

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