Aprendizagem musical no canto coral - CEART
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CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Quando iniciamos esta pesquisa, buscávamos compreender a influência das<br />
interações sociais na aprendizagem de música dentro do <strong>coral</strong> jovem. Várias inquietações<br />
relacionadas ao tema, à postura como pesquisadora, ao referencial a ser escolhido, ao trabalho<br />
de redação do texto e à análise dos dados permeavam <strong>no</strong>ssa mente, juntamente com uma<br />
constante ansiedade de se obter respostas para a questão da pesquisa.<br />
Quando buscamos literatura dos temas relacionados à pesquisa - juventude,<br />
aprendizagem <strong>musical</strong> e <strong>coral</strong> - várias perspectivas se abriram para o entendimento do <strong>no</strong>sso<br />
objeto. Ao descrever as conclusões dos autores sobre estes temas, <strong>no</strong>s questionávamos o<br />
quanto <strong>no</strong>sso objeto de pesquisa estaria relacionado com o que estes mencionavam.<br />
Ao longo do processo, pudemos perceber o valor do embasamento fornecido pela<br />
revisão da literatura. Mesmo que as situações não fossem similares, a revisão se apresentou<br />
como um <strong>no</strong>rte. Tor<strong>no</strong>u-<strong>no</strong>s conscientes das múltiplas possibilidades de se compreender<br />
aprendizagem, bem como das limitações que naturalmente decorrem do estudo deste tema.<br />
Auxiliou na compreensão da juventude e suas relações com a música, quebrando, de início,<br />
alguns de <strong>no</strong>ssos paradigmas a respeito do que é ser jovem, de como estes se relacionam com<br />
a música e, principalmente, de como aprendem música. E neste sentido, a literatura serviu<br />
também para reforçar <strong>no</strong>ssa premissa inicial, de que a interação social é um fator de grande<br />
importância na aprendizagem <strong>musical</strong>, principalmente nesta faixa etária. Por fim, o olhar de<br />
alguns pesquisadores para a área de <strong>coral</strong> com a perspectiva educativa reforçou em nós esta<br />
forma de ver tal atividade. O que estes autores, através de suas experiências e pesquisas,<br />
mencionaram como frutos da atividade <strong>coral</strong>, pudemos confirmar ouvindo dos próprios<br />
pesquisados e vendo a prática daquele grupo <strong>coral</strong> <strong>no</strong> decorrer da pesquisa de campo.<br />
A escolha por uma metodologia vinculada ao paradigma interpretativo, a pesquisa<br />
et<strong>no</strong>gráfica, proporcio<strong>no</strong>u ao trabalho um olhar muito peculiar. Estamos conscientes de que<br />
ao captar e transmitir ao leitor os dados, estes passaram por um filtro pessoal, que<br />
influenciaram na escolha do que era importante e <strong>no</strong>s significados atribuídos a cada ação e<br />
depoimento. Ao mesmo tempo em que estávamos cientes de que esta é uma das características<br />
deste tipo de pesquisa, procurávamos em todos os momentos promover um estranhamento<br />
daquilo que <strong>no</strong>s era muito familiar. O fato de termos pertencido àquela comunidade trouxe<br />
grandes contribuições à pesquisa, mas também dificultou o trabalho.<br />
O conhecimento prévio de grande parte dos alu<strong>no</strong>s tor<strong>no</strong>u possível a pesquisa mesmo<br />
com um período em campo bem me<strong>no</strong>r do que o usualmente despendido em pesquisas<br />
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