12.04.2013 Views

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Eles mostram, também, que esta perspectiva constitui um caminho possível para o estudo dos<br />

processos de aprendizagem <strong>musical</strong> que acontecem em contexto social.<br />

1.3 Coral: um espaço de educação <strong>musical</strong><br />

A literatura sobre <strong>canto</strong> <strong>coral</strong> aborda questões relacionadas ao repertório, atuação do<br />

regente, técnica vocal, performance, papel social do coro e sua função educacional, entre<br />

outras (ROBINSON; WINOLD, 1976; BEHLAU; REHDER, 1997; MARTINEZ et al., 2000;<br />

AMATO, 2007; FIGUEIREDO, 1990; OLIVEIRA, 2003). Contudo, o mapeamento das<br />

pesquisas brasileiras sobre coro aponta para o crescimento dos trabalhos que apresentam o<br />

coro a partir de uma perspectiva educativa (CHIARELLI e FIGUEIREDO, 2010).<br />

A prática <strong>coral</strong> assume diferentes funções: artísticas, de desenvolvimento técnico-<br />

vocal, de conhecimento de repertório, e também de educação <strong>musical</strong> de seus integrantes,<br />

mesmo que não haja um projeto explícito nesta direção. Embora o coro não tenha como<br />

principal função promover a educação <strong>musical</strong> de seus participantes, o momento do ensaio é<br />

um momento de aprendizagem (ROBINSON; WINOLD, 1976) e o papel do regente também<br />

é o de educador <strong>musical</strong> (FIGUEIREDO, 1990).<br />

Estas afirmações permitem-<strong>no</strong>s ver a participação <strong>no</strong> coro como um ato que poderá<br />

fazer com que cada corista obtenha um conhecimento <strong>musical</strong>. Pensar em todo o processo do<br />

coro como momento de aprendizagem agrega outro significado às ações empreendidas pelo<br />

maestro, e acrescenta elementos da área da educação também para este espaço, como o<br />

planejamento, o constante processo de avaliação e a busca por procedimentos didáticos<br />

diferentes com fins ao aprendizado de todos.<br />

O desenvolvimento <strong>musical</strong> decorrente da prática <strong>coral</strong> é mencionado em pesquisas<br />

com grupos corais de faixas etárias diferentes. Reis e Oliveira (2004, p. 121), destacam que “o<br />

trabalho de <strong>canto</strong> <strong>coral</strong> para a terceira idade torna-se importante por propiciar experiência<br />

<strong>musical</strong> incomum, que ajuda <strong>no</strong> desenvolvimento <strong>musical</strong>, cultural e individual/grupal”.<br />

Dallanhol e Guerini, relatando sua experiência com <strong>coral</strong> formado por estudantes<br />

adolescentes, reconhecem o <strong>coral</strong> como “um caminho viável e significativo <strong>no</strong> processo<br />

educacional, oportunizando a construção da identidade dos participantes e contribuindo para a<br />

formação de uma consciência estético-<strong>musical</strong>” (2003, p. 447).<br />

O número de trabalhos que trata especificamente de coro adolescente ou juvenil é<br />

reduzido. Contudo, os trabalhos nesta área apontam para peculiaridades desta faixa etária, que<br />

devem ser consideradas pelo regente. Schmeling e Teixeira (2003) destacam a motivação que<br />

advém das interações entre coristas do próprio grupo e de outros grupos musicais, através de<br />

22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!