12.04.2013 Views

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

Aprendizagem musical no canto coral - CEART

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

vez que, <strong>no</strong> primeiro encontro, o assunto pareceu, para alguns, completamente inédito, e<br />

muitos deles nunca tinham pensado na atividade <strong>coral</strong> sob a perspectiva educativa. As<br />

observações auxiliaram <strong>no</strong> estabelecimento das categorias de análise. Ao relermos as<br />

impressões registradas em campo, alguns temas foram se destacando, e tornando-se pontos<br />

importantes na compreensão do assunto da pesquisa. Ao mesmo tempo, as observações<br />

contribuíram para trazermos <strong>no</strong>vamente à memória os fatos ocorridos, as formas de proceder<br />

dos sujeitos e outros pontos importantes que por vezes fugiram à <strong>no</strong>ssa memória.<br />

A escolha do referencial teórico foi um dos últimos pontos estabelecidos antes da ida<br />

a campo. Vários outros conceitos e teorias tinham sido cogitados, contudo, ao longo do<br />

projeto de pesquisa percebíamos dificuldades em relacioná-los ao contexto a ser estudado<br />

bem como à questão que <strong>no</strong>rteava a pesquisa. O conceito de comunidade de prática como<br />

proposto por Lave e Wenger (1991) surgiu a partir da revisão de North e Hargreaves (2008)<br />

sobre psicologia social e educação <strong>musical</strong>. Estes autores da área da música mencionam<br />

algumas pesquisas em contextos diversos onde tal conceito foi aplicado e sugerem<br />

importantes contribuições que esta perspectiva pode acrescentar em futuras pesquisas na área<br />

de educação <strong>musical</strong>. À medida que <strong>no</strong>s familiarizávamos com o conceito e suas implicações<br />

para a compreensão da aprendizagem, situações vividas <strong>no</strong> Coral Jovem do IAESC vinham a<br />

minha mente. Eram ilustrações claras daquilo que Lave e Wenger descreviam como<br />

comunidade de prática. Desta forma, quando chegamos ao campo para o maior período de<br />

coleta de dados, as características das comunidades de prática já estavam fixas em <strong>no</strong>ssa<br />

mente, e direcionavam <strong>no</strong>sso olhar. Tanto <strong>no</strong>s roteiros de entrevistas quanto <strong>no</strong>s protocolos de<br />

observação, buscávamos dados que revelassem como a prática <strong>musical</strong> acontecia entre os<br />

participantes e como estes a desenvolviam dentro da comunidade.<br />

Certamente a escolha do referencial influenciou a condução da pesquisa, tanto nas<br />

perguntas feitas durante a coleta de dados quanto nas respostas obtidas para a questão<br />

principal. Ao longo de todo o trabalho, o conceito de comunidade de prática foi a perspectiva<br />

na qual procuramos compreender a aprendizagem <strong>musical</strong> dentro do <strong>coral</strong>. Possivelmente, a<br />

escolha de outro referencial teria desvelado outras questões e, talvez, proporcionado<br />

conclusões distintas. Contudo, tendo em vista a questão principal da pesquisa, consideramos o<br />

referencial escolhido adequado.<br />

É bem verdade que toda teoria apresenta suas limitações. Como conceito, a<br />

comunidade de prática procurou explicar como grupos que desempenham uma mesma<br />

atividade se desenvolvem auxiliando-se mutuamente. Como teoria de aprendizagem situada, o<br />

85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!