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Aprendizagem musical no canto coral - CEART

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Sheron – Mas acho que este a<strong>no</strong>, em relação ao a<strong>no</strong> passado, quem está mais<br />

animado são os <strong>no</strong>vatos porque a gente desanimou muito porque mudou muito a<br />

realidade do <strong>coral</strong>. Então a gente acabou desanimando bastante.<br />

Arabela – A gente que está por fora...Tipo, a gente que está desde o a<strong>no</strong> passado pra<br />

nós é um pouco difícil interagir com os <strong>no</strong>vatos, entende! Só que a gente tem que ter<br />

esta força de vontade, do mesmo modo que eles também têm que ter força de<br />

vontade, deixar a timidez de lado e interagir co<strong>no</strong>sco.<br />

Charlote – Hoje eu entendo o que os vetera<strong>no</strong>s do a<strong>no</strong> passado passaram. É uma<br />

questão de adaptação. Não é ruim ter eles aqui. É ótimo ter eles aqui! Só que a gente<br />

pensa muito <strong>no</strong> passado, <strong>no</strong>s <strong>no</strong>ssos amigos que foram embora. Cada passo que a<br />

gente dá aqui, a gente não lembra do <strong>no</strong>vo que está do <strong>no</strong>sso lado. A gente lembra<br />

do: Ai, eu passei aqui com aquela pessoa. Ou <strong>no</strong> <strong>coral</strong>: Ai, lembra daquela música.<br />

A gente não consegue viver com as pessoas que estão aqui dentro. E o a<strong>no</strong> que vem<br />

a gente vai sofrer do mesmo jeito, sentindo falta de quem está aqui agora...e vai ser<br />

assim pro resto da vida. (Entrevista, Grupo II, 17 de maio de 2010)<br />

A impressão transmitida por este grupo é de que eles, quando <strong>no</strong>vatos <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

anterior, eram mais competentes <strong>musical</strong>mente, porque apresentavam maior experiência. Este<br />

fato, embora pareça um pouco pretensioso, é confirmado pelo primeiro grupo mencionado. Os<br />

vetera<strong>no</strong>s que estão <strong>no</strong> <strong>coral</strong> há três a<strong>no</strong>s também mencionam anteriormente, a diferença na<br />

adaptação os dois grupos de <strong>no</strong>vatos.<br />

O depoimento de Charlote, contudo, expressa uma visão interessante e madura da<br />

relação entre o grupo de <strong>no</strong>vatos e vetera<strong>no</strong>s. Reforça a questão da adaptação, processo pelo<br />

qual passam não somente os <strong>no</strong>vos membros do grupo, mas os que dele já participavam. Ela<br />

conclui que esta maior afinidade entre vetera<strong>no</strong>s, que muitas vezes aparenta deixar os <strong>no</strong>vatos<br />

de lado é resultado do maior envolvimento e do sentimento de perda em relação a quem está<br />

se formando e deixando o Instituto.<br />

Comparando o Grupo II e o Grupo III, ambos formados pelos vetera<strong>no</strong>s, <strong>no</strong>ta-se uma<br />

diferença <strong>no</strong>s tópicos das respostas dadas a uma mesma pergunta - como você se sente em<br />

relação aos alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong>vatos? As primeiras respostas apresentadas parecem se focar nas<br />

adaptações de caráter <strong>musical</strong>, como o aprendizado das canções que compõem o repertório, a<br />

segurança ao cantar, a afinação e o entrosamento do grupo nas apresentações. Para o segundo<br />

grupo apresentado, a principal dificuldade é a de socialização. Há necessidade dos <strong>no</strong>vatos se<br />

enturmarem mais, de prestarem mais atenção e de serem me<strong>no</strong>s tímidos e interagirem com os<br />

vetera<strong>no</strong>s.<br />

Por fim, perguntamos aos alu<strong>no</strong>s <strong>no</strong>vos, que fazem parte da comunidade pelo<br />

primeiro a<strong>no</strong>, como eles vêem as relações entre <strong>no</strong>vatos e vetera<strong>no</strong>s.<br />

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