13.04.2013 Views

Jean Piaget no século XXI - Faculdade de Filosofia e Ciências ...

Jean Piaget no século XXI - Faculdade de Filosofia e Ciências ...

Jean Piaget no século XXI - Faculdade de Filosofia e Ciências ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

J E A N P I A G E T N O S É C U L O X X I<br />

do bocal A. De modo análogo, a mola se torna comprida, se está com o peso. O<br />

comprimento está subordinado ao peso.<br />

LEIS E COORDENADORES COGNITIVOS. CONCLUSÃO<br />

Essas <strong>de</strong>pendências funcionais, enquanto físicas, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>signadas como<br />

leis, porque expressam as coproprieda<strong>de</strong>s ou covariações dos objetos e não as que<br />

provêm <strong>de</strong> uma manipulação mental do sujeito. As leis não se substituem, mas estão<br />

além dos combinadores gerais ou coor<strong>de</strong>nadores cognitivos. Assim, para estabelecer<br />

uma lei, como a <strong>de</strong> que a natureza se repete, o sujeito <strong>de</strong>ve repetir suas próprias ações<br />

<strong>de</strong> exploração, suas próprias observações ou constatações. E é aplicando ao real o<br />

repetidor W, que po<strong>de</strong>rá logo o atribuir aos objetos sob a forma <strong>de</strong> W’.<br />

Para reconhecer que os objetos consi<strong>de</strong>rados fi cam idênticos a I’, o sujeito<br />

<strong>de</strong>ve primeiro i<strong>de</strong>ntifi car o I. Desse modo, quando o sujeito admite uma <strong>de</strong>pendência<br />

física y = f ‘(x), <strong>de</strong>ve começar por utilizar e aplicar uma <strong>de</strong>pendência mental ou<br />

cognitiva y = f (x), cuja signifi cação é que, para conhecer ou <strong>de</strong>terminar y, é necessário<br />

antes conhecer x. A mola fi ca comprida (y) se está com o peso.<br />

Quando se afi rma que uma lei não é explicativa, é porque se limita a constatar<br />

uma sucessão regular <strong>de</strong> observações y = f (x). Para compreen<strong>de</strong>r o signifi cado da<br />

lei, os coor<strong>de</strong>nadores físicos (W’I’C’B’) são atribuídos ao objeto. Ou seja, do ponto<br />

<strong>de</strong> vista ontológico, a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve existir para dar conta <strong>de</strong>la, mesmo se ainda não<br />

há explicação causal.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>no</strong>s leva às mesmas conclusões. Existem três tipos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendências: a <strong>de</strong>pendência <strong>no</strong>cional – se y= f(x), o conhecimento <strong>de</strong> y <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

do conhecimento <strong>de</strong> x; a <strong>de</strong>pendência física – o movimento <strong>de</strong> y <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do choque<br />

<strong>de</strong> x para um objeto exterior, por exemplo; e, fi nalmente, a <strong>de</strong>pendência relativa a<br />

uma ação do sujeito. No caso da <strong>de</strong>pendência física, x po<strong>de</strong> ser uma manipulação<br />

do sujeito. Este último tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência é a fonte das outras. Por conseguinte,<br />

po<strong>de</strong>mos dizer que restam dois tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, a <strong>no</strong>cional e a física, e as duas<br />

intervêm paralelamente.<br />

Nesse paralelismo, enfatiza <strong>Piaget</strong>, o operatório dirige o causal e o causal<br />

dirige o operatório. A resposta po<strong>de</strong> ser ou um ou o outro. O paralelismo <strong>de</strong>sses<br />

dois caminhos se marca da forma seguinte: por um lado, as <strong>de</strong>pendências físicas<br />

<strong>de</strong>scobertas pela experiência, que são leis funcionais e funções num sentido único, se<br />

coor<strong>de</strong>nam logo e acabam num sistema <strong>de</strong> ações diferenciadas orientadas segundo os<br />

dois sentidos e tendo uma signifi cação causal. No entanto, essa elaboração é possível<br />

a causa da construção paralela das operações, incluindo as funções orientadas iniciais,<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!