16.04.2013 Views

LIV T34862 (com OCR).pdf

LIV T34862 (com OCR).pdf

LIV T34862 (com OCR).pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

112<br />

O CEDRO<br />

SCENA XIV<br />

Joio, LOURENÇO<br />

LOURENÇO<br />

Canta, canta, jurutauhi cio Curumú. Eu<br />

sei que a tua voz escarnece do junina, que<br />

não tem animo para seguir <strong>com</strong> o sol de amanhã<br />

o caminho das cachoeiras! O ramo de<br />

mururé, que o Cedro Vermelho cuidava ser<br />

ordem de partida ou de vingança, era um<br />

signal de amor! Oh! se ella soubesse!... Silencio,<br />

junina! Se não tens força para vencer<br />

a paixão e resistir á voz de uma mulher,<br />

<strong>com</strong>o has dc ser digno de <strong>com</strong>mandar guerreiros<br />

e de triumphar dos teus inimigos?!<br />

A sabedoria ensina-te a calar os segredos<br />

do coração; c o dever manda-te ser fiel aos<br />

teus juramentos. A morta levantar-se-ía diante<br />

do perjuro, <strong>com</strong>o as sombras dos arvoredos<br />

sc levantam sobre as aguas. accusaiido<br />

a luz que foge!... A branca não saberá jamais<br />

que as suas palavras caíram 110 peito<br />

do indio <strong>com</strong>o o orvalho cáe sobre o capim,<br />

que nasce depois das queimadas!<br />

M<br />

JOÃO, aparte<br />

Sente falia di gente, e não vê gente<br />

falia!...

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!