LIV T34862 (com OCR).pdf

...-1G4 O CEDRO VERMELHO
também arredondavamos, e fazendo-os girar
na palma da mão esquerda, comprimidos
ao centro com o dedo pollegar da direita,
improvisávamos com cada bocado uma tigela,
mais ou menos perfeita segundo a pratica
ou habilidade do operador; em seguida
achatava-se-lhe um dos bordos contra qualquer
tronco para lhe dar a feição que permittisse
adapta-la á seringueira. Havia dois
methodos de usar d'cstas tigelas: um, com
ellas ainda frescas, outro, só depois de seccas.
Pelo primeiro, segurava-se a tigela á
arvore, sem auxilio de outra matéria pegajosa;
mas os vasos frescos estragavam-se facilmente
e ás vezes corrompiam o leite; pelo
segundo systema, seccavam-se as tigelas ao
sol ou ao lume o pegavam-se ás arvores com
barro fresco.
Logo que ellas estavam promptas, quer
de um quer de outro modo, distribuiam-se
pelas arvores, deixando-se quatro, seis, oito,
dez ou doze ao pé de cada uma, conforme
a sua grossura. Se as seringueiras se julgavam
demasiado vigorosas, sangravam-se an-
O / o
tes de principiar o trabalho, cinco ou seis
manhãs a lio, fazendo-se-lhes tantos golpes
de cada vez quantos coubessem na circumferencia,
distantes 9 ou 10 pollcgadas uns dos
outros; no dia seguinte, o mesmo numero
de sangrias, 2 palmos abaixo das primei-