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VERMELHO 141
o bater do remo, se a tempestade não gritasse
mais alto... O covarde não remou direito
ás fogueiras... Virá pelo mato, para
deixar aos tapuios Rosa do Surubiú, que
lhe pesaria mais do que a arvore caída pesa
ao jaboty, e lhe prenderia os passos como
a corda do arpão cravado no casco da tartaruga
a prende ao ubá do frechador cambeba.
Não ousará offende-la, por temor de
que o alcancem. Que o grande Deus dos
homens fortes a proteja emquanto as armas
do Cedro Vermelho estiverem longe d'ella!
(Tira o arco c a.s frechas, senta-se no chão e leva a mão á cruz de
um rosário, que traz ao pescoço.) Aqili CStá O talismail,
que Voz de Caraxoé me deixou quando partiu
para o paiz da morte! — c Jura-me por
isto, que defenderás Mathilde' — disse cila;
— 'e se tornares á guerra, leva-o ao pescoço
e beija-o nas occasioes de perigo. Quando
sentires a morte, abraça-te n'esta cruz e a
' > f
tua alma tornará a ver a minha/ — E hoje
a primeira vez que uso do legado... porque
VOU procurar sua filha. (Fitando os olhos na cruz.)
Acaso preciso eu de ti para vencer um inimigo?!...
Cumpra-se a vontade dos mortos.
(Beija a cruz.) O íilho d'alem do mar 6 valeroso
como os guerreiros tupys!... Quando o Cedro
Vermelho tiver punido o roubador da
branca, partirá para a terra dos jurunas!...
Foi fiel ao seu juramento... O homem que