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VERMELHO 255
to!... Eu seria infiel aos mortos, se te levasse
commigo para as regiões que banha o Tu-
CUrUÍ. (Francisco olha com espanto para Mathilde, que lhe
responde com um gesto de innocencia.) Não vás, pobre
garça!... O teu vôo não tem força para salvar
as penedias (Vonde se despenha o Xingu!
É perigoso o salto das cachoeiras... e as
nuvens de prata, com que ellas encobrem o
sol. molhariam as tuas pennas, fazendo-te
Cair nO rio ! (Mathilde e Miquelina entre-olham-se.) A
terra do junina é tão distante!... Os espinhos
das florestas rasgariam cruelmente os
teus pés, delicados !... (Ergue meio corpo, esfregando
os olhos.) E quasi noite... e o sol não chegou
ainda ao meio da sua carreira! Tenho sede...
Desde muito tempo que não chove!... e o
Xingu passa tão longe!...
FRANCISCO, a João
Dá-lhe agua! (Mathilde agradece com ura olhar a Francisco
j João sáe, traz uma cuia de agua, que quer dar a Lourenço,
este rejeita-a.)
LOURENÇO, olhando fito para Mathilde
Porque vae aquella estrella correndo? Será
uma alma errante, que procura o caminho do
céu? O teu Deus também conhece os indios
bravos? Dizia-me tua mãe, que Elie era bom
c que dava hospitalidade igual aos homens
de todas as cores... é verdade? Eu quero
conhece-lo; ensina-me como se pôde subir á