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ACTO SEGUNDO
Jtosque de cajueiros, carregados de flores efructos,
nas immediaçòes do local onde se passa a acção
do primeiro acto. A esquerda, canapé tosco, de
troncos de arvore, tendo as costas e braços forrados
com trepadeiras. A direita, vma ninnguieira,
rodeada dc murtas e assuccnas. Ao fundo,
vê-se o lago através dos arvoredos.
SCENAJ
MATIIILDE, só, passeando
Foi d aqui, da praia dos cajueiros, que
reparei irelle pela primeira vez, ao cabo de
cinco annos! A minha mestra de desenho
ensinava-me a esse tempo a traduzir a historia
de Othello c Desdemona... Que raio
de luz!... Crear n estes ermos um heroe mais
completo do que o mouro de Veneza! Até
então olluira-o com indifferenca e n'esse dia
vi-o levantar-se diante de mim como a visão
poética da ventura immaterial! Comecei a
ama-lo... amo-o, com o mais puro sentimento
que pode nascer n'um coração sincero!