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os arbustos com bracteas acarminadas, de
Bougainville; as aphelandras de espigas de
oiro; o verde dracontio; o pothos, de folhas
recortadas ; as euphorbias com flores verdes
e cor de laranja... irrompem todas da espessura
para as pequenas clareiras com uma
força de vegetação prodigiosa. Em cada raio
de sol, que penetra pelas aberturas da esverdeada
abobada, canta, volteando no ether,
uma vaga immensa de insectos resplandecentes,
com azas de oiro e de brilhantes. Aves de
vivíssimas plumagens, saltando de ramo em
ramo, contemplam-nos, assim como os quadrupèdes,
pasmadas e sem medo; dir-se-íaque
evocam as reminiscências do Paraizo, e que,
recordando-se, parecem alegrar-se por se verem
outra vez na presença do homem ! Um
murmurio continuo e intraduzível, que tem
notas do rugir das feras, do cantar dos passares,
do zumbir dos insectos, do ranger
das arvores, do ciciar dos ventos e do correr
das aguas, resôa em nossos ouvidos.
Tudo nos annuncia, como diz o illustre Humboldt,
um mundo de forças organieas em
movimento; e a alma sensível e piedosa do
homem que penetra n'estas regiões mysteriosas,
cre que os vagos rumores que ouve
são as vozes com que lhe falia a natureza!
Ah! a minha penna sente-se tão impotente
como o lapis e o pincel dos artistas