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174 O CE Dito JOÃO, que sc ergueu, pulando para o lado. assustado Gentio cáe dos nuve! DUARTE Lourenço?... Viste-a? FRANCISCO, com admiração cômica, aparte Como pode o europeu conservar-se grave n uma terra em que as mulheres românticas passeiam pelos matos com as onças e serpentes, e onde as arvores, quando as sacodem, deitam abaixo gemmas de ovos cozidas e homens... crus?! LOURENÇO, depois de ter encarado attentamente Francisco O tio Duarte ó valente e sabe affrontar os perigos: porém, os indios muras são assassinos e correm nos matos melhor do que os brancos. O teu ouvido não sentirá no leito do igarapé os passos do inimigo. FRANCISCO, aparte Porque diabo olhará elle tanto para mim desde hontem?! (Alto.) A culpa c tua; porque deixaste fugir o tapuio? LOURENÇO, com altivez Porque não mato os meus adversários quando estão captivos. Os jurunas também eram ferozes e cruéis antes do sangue dos cambebas se ter cruzado com o d'elles; de-
YELTMELLIO 175 pois, os guerreiros do Bracelete de Ferro aprenderam a respeitar os prisioneiros. O Cedro Vermelho ha de obrigar o seu covarde inimigo ao combate singular, ainda que para isso tenha de atravessar todas as florestas amazônicas. O mura tem um irmão, que quer enganar o gentio, escondendo-se debaixo das folhas seccas c correndo pelas taperas... (Sorrindo.) Os ouvidos do chefe llào SC enganam com o passo dos que o medo faz correr!... DUARTE, impaciente Tudo isso c secundário; o que me interessa agora c saber se viste Mathilde? LOURENÇO, como procurando em tomo de si Rosa do Surubiú? Trouxeste-a comtigo para lhe descobrires os segredos da floresta virgem?... Fizeste mal. DUARTE Desappareceu da barraca dos tapuios. FRANCISCO Logo depois que tu saíste... percebes? LOURENÇO, com admiração e tristeza Oh! filha dos caribas, o teu sangue é como o oleo que ferve dentro da cupahibeira ate achar saída! Mal haja a confiança que tens
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