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...-1G4 O CEDRO VERMELHO
trar, como convidando-me a segui-lo; o tudo
isto sem ladrar e sem fazer o menor ruido! Levantei-me
furioso, com intuito do puni-lo pela
inopportunidade dos seus gracejos, quando
me pareceu ouvir rumor do lado de traz da
habitação. Fazia luar, claro como se fosse
dia; Rabicho, notando que eu tomava a attitude
de quem escuta, soltou um rugido surdo
e correu novamente para fora.
— Avança, cão!
A este grito, dir-se-ía que um obuz o
tinha arremessado contra a collina, e que
lhe saía da garganta a voz dos trovoes!
Comprehcndi então a causa por que elle mo
acordara, e todos os seus esforços para me
advertir de um perigo imminente. Entrei
logo em casa, fechei a porta por dentro,
chamei Carmello, e accendi um candieiro.
— Que e?
— Não ouve o Rabicho? Penso que são
ladroes!
— Ladroes?
— Tem-se dito que 110 Xingu anda uma
quadrilha de cabanos e de soldados desertores.
..
Carmello, que tinha 110 quarto seis ou oito
armas de munição, erguou-se de um pulo,
acordou a mulher, e abrindo uma grando
caixa de folha de Flandres, onde tinha mil
cartuchos embalados, ensinou-a a carregar