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6íl O CEDRO VERMELHO
ou não levando cousa alguma, e vão servir
a primeira pessoa que lhes offerece trabalho
n'outra localidade. Se, passado um anno,
um mez, ou mesmo alguns dias, encontram
o antigo patrão, c este lhes pede que paguem
o que ficaram devendo, respondem, que
nunca o serviram, que nem o conhecem, e argumentam
com o nome différente que teem!
Vi repetirem-se estes factos por différentes
vezes, e empregarem-se os mais engenhosos
meios para confundir os que negavam
o antigo nome; porém, nunca nenhum
se deixava descair! Resistiam a todas as
provas, impassíveis e inabalaveis como rochedos,
simulando a admiração mais candida
e a estupefacção mais inimitável!
Uma das causas que contribue para representarem
tão admiravelmente o seu papel,
provém-lhes do temperamento. A fleugma
de que os dotou a natureza, dá-lhes
tempo de reflectirem antes do responder.
Como já disse, nem todos costumam roubar
os patrões quando fogem. A excepção
dos que pertencem a tribus costumadas a
viver de rapina, os outros exercem o roubo
apenas como um direito de represalia contra
os brancos, que os exploram sem dó
nem consciência. Um pobre indio justa-se
para remador de qualquer canoa de commercio,
ou para ir por conta do patrão pro-