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254 o CEDRO VERMELHO
meu boró a serra dos Parecis!... 0 incêndio
da floresta alumia as aguas do Guaporé
vermelhas com o sangue inimigo! Victoria!
Victoria, pelos j urunas !... (Cáe: todos correm para
elle; larga a espada.)
MATHILDE, ajoelhando
Meu Deus, meu Deus, valei-lhe!
LOURENÇO, mudando dc gesto e de tom
Oh! como estou cansado!... Um chefe!
Não digas aos indios servis, que o Cedro
Vermelho caiu. A arvore, que nas margens
do Amazonas desafiara os raios de Tupá, foi
derrubada traiçoeiramente pela corrente das
aguas, que lhe exeavaram o pé!... (Comterua
expressão.) Voz de Caraxoé, as tuas mãos milagrosas
preparam debalde a raiz da ururina
e o leite ensanguentado da uciuiba... Estas
feridas não teem cura!... (Como recordando-se c apalpando
o pescoço.) Ali! não tinha commigo o legado
precioso... (Matliilde levanta-se.) C por ÍSSO 0 tCU
Deus me puniu!... Perdoa-me!... Anjo das
florestas, para que falias de amor ao junina?
Julgas que elle ó frio e inscnsivel como as pedras
que banha a corrente do Acarahi?... Cala-te...
o guerreiro jurou a tua mãe moribunda,
que te defenderia... contra as tuasproprias
paixões! O seu juramento impoz silencio ao
coração do homem valeroso... Cala-te! Cala-