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o cedro
svas vassouras guarnecidas de frucíinliospretos:
a caraná com os seus verdes leques, que por vezes
se transformam em chapéus de sol; a baeaba
a patauá, a paxiüba c a pindóba suspendem com
as opulentas frontes a magnifico abobada de verdura.
Os fetos arvorescentes disputam a majestade
ás palmeiras. Milhões de plantas de menor
grandeza abraçam-se, apertam-se e esforçam-se
para sair de odre os gigantes seculares, em busca
do ar e da luz, e formam cm torno da clareira
uma muralha viva. Sobre a epiderme dos velhos
colossos vegetam graciosas orchidéas. 0 chão está
inteiramente forrado com uma csjiessa camada
de folhas secccis. Varias arvores caídas, umas já
em decomposição, outras ainda verdes, e todas
cobertas de parasitas, jazem, aqui c ali, dentro
e fora do rio, corno titães que dormem o seu ultimo
somno. Por entre cilas surde de sob a folhagem
solta, immensa multidão de vegetaes miúdos,
que tapetam as bordas do igarapé.
SCENA I
ANTONIO, BRAZ
13RAZ, está meio occulto entre as largas sapopemasou raizescliatas
de uma grande arvore, confundindo-se qnasi com cilas;
depois de ter permanecido immovel por instantes, como escutando,
cruza as mãos, com quo imita a fôrma de duas conchas
unidas, e separando os dedos pollegares, assopra por
entre elles, produzindo um assobio similhante ao canto do
inambú. Em seguida, une-se mais com as raizes c fica dc
novo immovel.
Sinto alguém... Será o Antonio, que mc
ouviu?... E se fosse uma onça?!... Antes
ella do que o gentio!