LIV T34862 (com OCR).pdf

1G o cedro vermelho
a gente llie chamava curauá, no tempo em
que cu lá estive; indios bravos ou mansos,
homens e mulheres de todas as cores, ninguém
lhe dava outro nome. Hoje não sei:
mas como a acção do drama se passa em
1837, e não me consta que os juninas tenham
sido informados da unanimidade com que
se substituiu curauá por gravata, deixo ir
a primeira lição.
Baena diz: — «Do curauá fabricam á mão
cordas para suspender nas casas as redes
de dormir: estas cordas duram ordinariamente
quatro annos c mais do duplo d'este
período, se ellas forem ungidas da tinta muruxi
(Byrsonima chrysophyl la). Antigamente
houve um curioso que fez linhas das fibras
d'esta planta, e com ellas um par de meias,
cujo uso mostrou que eram mais asperas
que as de linho; e 110 Rio Negro fizeram
cordas de rebeca, o que c boa prova da sua
rijeza, e portanto muito conviria tratar da
cultura desta planta para com cila fazer-se
velame e cordoalha. Também houve outro curioso
que fez uma renda do mesmo curauá».—
A. cultura da planta c facílima e o seu crescimento
rápido. No Amazonas conhecem-se
diversas especies.