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meios de produção<strong>–</strong> ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que se constitui numa parte dele. Busca a inserção <strong>do</strong>s<br />

indivíduos e da cooperativa neste sist<strong>em</strong>a, como evidenciam os aspectos financeiros, com 04<br />

afirmativas. Nesse senti<strong>do</strong>, a ilação concernente à noção de propriedade, que define uma<br />

cooperativa como “<strong>em</strong>presa de vários <strong>do</strong>nos” (informação verbal), d<strong>em</strong>onstra certa distorção que<br />

esta cria dentro <strong>do</strong> capitalismo, mesmo estan<strong>do</strong> no seu interior: se para a existência <strong>do</strong> capitalismo,<br />

foi necessária a separação entre trabalho e capital, Singer (2008a), define as <strong>em</strong>presas solidárias<br />

como a negação da separação entre trabalho e posse <strong>do</strong>s meios de produção, ou seja, o trabalho e o<br />

capital “estão fundi<strong>do</strong>s porque to<strong>do</strong>s os que trabalham são proprietários da <strong>em</strong>presa e não há<br />

proprietários que não trabalh<strong>em</strong> na <strong>em</strong>presa. E a propriedade da <strong>em</strong>presa é dividida por igual entre<br />

to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res, para que to<strong>do</strong>s tenham o mesmo poder de decisão sobre ela” (SINGER,<br />

2008a, p. 4).<br />

As definições da batalha têm ainda conexões com as valorizações coletivas e o interesse<br />

comum (respectivamente com 04 e 02 afirmações), uma vez que estas categorias d<strong>em</strong>onstram para<br />

onde os objetivos apontam, b<strong>em</strong> como, quais os méto<strong>do</strong>s deve se atribuir mais valor na intenção de<br />

alcançá-los. Indica um esforço no senti<strong>do</strong> de orientar as pessoas por um intuito coletivo, que<br />

subordinaria os interesses pessoais <strong>em</strong> preponderância. Uma estratégia de orientação <strong>do</strong>s indivíduos<br />

como percebe Tocqueville (2000), corresponde à realização de boas ações s<strong>em</strong> interesse de receber<br />

algo <strong>em</strong> troca diretamente, imediatamente. Assim, subordinan<strong>do</strong> a necessidade imediata <strong>do</strong>s<br />

indivíduos ao grupo, “a <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> b<strong>em</strong> compreendi<strong>do</strong> não produz grandes devoções, mas sugere<br />

to<strong>do</strong>s os dias pequenos sacrifícios” (TOCQUEVILLE, 2000, p. 147).<br />

É significante também perceber que pela leitura evidenciada, existe uma competição,<br />

que é uma das extensões <strong>do</strong> individualismo vertical, conforme percebe Gouveia (2003), mas por<br />

esta via, se alinha com uma noção de desenvolvimento coletivo, evidenciada pelas 03 respostas<br />

coletadas, num intuito coletivista. O grupo não parece se encaixar <strong>em</strong> alguma categoria coletivista,<br />

uma vez que não busca uma simples equalização <strong>do</strong>s m<strong>em</strong>bros, muito menos <strong>em</strong> uma dimensão<br />

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