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econômicos posteriores 19 , como o próprio amadurecimento <strong>do</strong> capitalismo e sua constituição como<br />

política de Esta<strong>do</strong>, e não mais de cidades isoladas. Percebe-se, todavia, que questões como o<br />

monopólio (que limitam investimentos) e a redução de valores salariais (que limitam a quantidade<br />

de pessoas interessadas no trabalho e o próprio tamanho <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>) são condições contrárias ao<br />

capitalismo. Como seria possível o florescimento de uma revolução industrial, diante dessas<br />

condicionantes ao seu desenvolvimento?<br />

Para Dobb (1988) a resposta repousa no fato de que estas movimentações contribuíram<br />

para a criação <strong>do</strong> proletaria<strong>do</strong>, e da acumulação de capital para investimento: o acúmulo gera<strong>do</strong> se<br />

revertia também <strong>em</strong> terras, estas “digeriam” os pequenos loteamentos que geravam as condições de<br />

subsistência <strong>do</strong>s servos ou de uma classe de pequenos proprietários. Outros fatores que<br />

contribuíram para a criação da classe <strong>do</strong>s proletários foram o crescimento da população, a dívida e o<br />

próprio monopólio (que fixava valores <strong>do</strong>s produtos ou outras condições, que beneficiavam os<br />

grandes burgueses), mesmo <strong>em</strong> locais de terra livre. Nascia um enorme contingente de<br />

des<strong>em</strong>possa<strong>do</strong>s. No limite, pode-se afirmar que<br />

(...) nos séculos anteriores, o crescimento da indústria capitalista foi dificulta<strong>do</strong><br />

pela estreiteza <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e sua expansão ameaçada pela baixa produtividade<br />

imposta pelos méto<strong>do</strong>s de produção <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> estes obstáculos reforça<strong>do</strong>s<br />

de quan<strong>do</strong> <strong>em</strong> vez pela escassez de trabalho. Na revolução industrial, essas<br />

barreiras foram simultaneamente banidas e, <strong>em</strong> vez disso, a acumulação e o<br />

investimento <strong>do</strong> capital se viram, a cada ponto <strong>do</strong> quadrante econômico, diante de<br />

horizontes cada vez mais amplos para incitá-los (DOBB, 1988, p. 184)<br />

Para Dobb (1988), o conjunto de fatores que culminou na Revolução Industrial, deixou<br />

diversas marcas na sociedade e nos indivíduos:<br />

19 Mas é importante que se perceba o monopólio excessivo como um <strong>em</strong>pecilho ao próprio capitalismo, que também se<br />

alimenta, no ponto de vista <strong>do</strong> autor, <strong>do</strong> livre comércio. Assim, o capitalismo estava ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> franca<br />

evolução e limita<strong>do</strong> pela sua forma até o inicio <strong>do</strong> século XVII, onde exist<strong>em</strong> os primeiros indícios de uma mudança.<br />

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