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7 CONCLUSÃO<br />

As relações entre individualismo, capitalismo e coletivismo dentro de organismos<br />

cooperativistas <strong>do</strong> município de Salinas, Minas Gerais se mostraram complexas.<br />

As cooperativas se traduz<strong>em</strong> efetivamente enquanto uma possibilidade de inserção das<br />

pessoas <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a contrário. Reflet<strong>em</strong>-se e receb<strong>em</strong> muita importância por parte <strong>do</strong>s<br />

coopera<strong>do</strong>s individualmente, <strong>em</strong> função das muitas considerações a respeito da importância<br />

financeira que representam.<br />

Entretanto, a perspectiva monetária, também clara nessa apresentação, não é a única. Os<br />

indivíduos nas cooperativas são perpassa<strong>do</strong>s por uma gama de outros valores, como o apego ao<br />

local, a afetividade que sent<strong>em</strong> pelos parceiros. São ainda, nitidamente interessa<strong>do</strong>s <strong>em</strong> um ideal de<br />

crescimento coletivo, fato liga<strong>do</strong> ao apego pelo local. D<strong>em</strong>onstra que as perspectivas tratadas por<br />

autores como Bauman (1999) e Arendt (1989), que versam uma desconexão face a deveres e<br />

obrigações grupais ou mesmo a locais específicos, neste caso se torna incoerente. Os indivíduos<br />

participantes são sim, liga<strong>do</strong>s às cooperativas, a ponto de ser<strong>em</strong> capazes de suportar a ausência de<br />

repasses financeiros pelo seu trabalho, <strong>em</strong> prol de um interesse coletivo. Esse ponto mostra cortes<br />

no continuum capitalista. A necessidade de capital existe, mas simplesmente, não é o único ponto a<br />

ser considera<strong>do</strong>. Existe aqui, <strong>em</strong> determina<strong>do</strong>s momentos, o b<strong>em</strong> comum apreendi<strong>do</strong> defini<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

Tocqueville (2000).<br />

Também seria um erro, todavia, considerar os valores coletivistas como preponderantes<br />

nesse caso. Não se pode chegar a uma definição simplista como essa, pelo fato de não se<br />

apresentar<strong>em</strong> preponderâncias absolutas <strong>do</strong> coletivismo. Se houvesse realmente uma linha de onde<br />

se perceb<strong>em</strong> coletivismo e individualismo enquanto opostos, nesse caso a linha representaria uma<br />

incoerente grafia de idas e vindas, entradas e retornos, onde suas pontas estão a uma distancia <strong>em</strong>

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