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dependência, e denota certa aproximação à realidade <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a capitalista. Segun<strong>do</strong> Smith (1778)<br />

o aprimoramento <strong>do</strong> processo produtivo através da divisão <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, levou a<br />

sociedade até um processo de acumulação de riquezas para aquisição de mais trabalho alheio. Para<br />

o autor, a especialização <strong>do</strong> individuo <strong>em</strong> um único trabalho agrega produtividade.<br />

Este processo consolida algumas formatações individualistas: aumenta a relação de<br />

interdependência, amplia a configuração da competição agora para aquisição de mais trabalho<br />

alheio e, <strong>em</strong> outra faceta, cria a necessidade de maior liberdade individual e menor restrição por<br />

parte de to<strong>do</strong>s às movimentações de bens e riquezas. Para Smith (1778) até mesmo entre países,<br />

pode-se observar uma tendência maior a movimentação, uma vez que tend<strong>em</strong> a depender<br />

sobr<strong>em</strong>aneira uns <strong>do</strong>s outros. A divisão <strong>do</strong> trabalho cria organismos internos que exist<strong>em</strong> com o<br />

intuito de atender necessidades diferentes, de pessoas diferentes, <strong>em</strong> momentos diferentes.<br />

Confirman<strong>do</strong> isso, Durkheim (1999) percebe que as sociedades tend<strong>em</strong> a se ass<strong>em</strong>elhar,<br />

mas não os sujeitos de cada uma. Segun<strong>do</strong> o autor, “a divisão <strong>do</strong> trabalho une ao mesmo t<strong>em</strong>po que<br />

opõe; faz convergir atividades que diferencia; aproxima aqueles que separa” (DURKHEIM, 1999,<br />

p. 275). E para dividir as funções a comunicação deve ser constante. “Para que as unidades sociais<br />

possam diferenciar-se, é necessário antes de mais nada que sejam atraídas ou agrupadas <strong>em</strong> virtude<br />

das s<strong>em</strong>elhanças que apresentam” (DURKHEIM, 1999, p. 278).<br />

Através da solidariedade t<strong>em</strong>-se a diferenciação, um <strong>do</strong>s pontos principais <strong>do</strong><br />

individualismo. Segun<strong>do</strong> Durkheim, (1999), à medida que o trabalho se divide, a flexibilidade e a<br />

liberdade se tornam maiores, pois os indivíduos precisam se adaptar. Além disso, a mobilidade <strong>do</strong><br />

capital exige que os trabalha<strong>do</strong>res estejam prontos para segui-lo e, por conseguinte, segui-lo nos<br />

diferentes tipos de <strong>em</strong>pregos. Quan<strong>do</strong> a divisão <strong>do</strong> trabalho atinge um nível muito alto, o<br />

trabalha<strong>do</strong>r se isola <strong>em</strong> sua tarefa e não se sente mais parte de um to<strong>do</strong>, não t<strong>em</strong> mais a noção de<br />

uma obra comum. A consciência coletiva diminui, à medida que a divisão <strong>do</strong> trabalho evolui, e sua<br />

evolução leva a cada vez mais tendências centrífugas, que pod<strong>em</strong> ser percebidas também como<br />

conseqüências <strong>do</strong> individualismo.<br />

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