06.05.2013 Views

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Para responder se os organismos sociais seriam incapazes de criar artifícios que<br />

abrandariam a desconexão entre individuo e grupo, deve-se antes, pensar na possibilidade de<br />

diferentes locais. Aqui, tentar-se-á analisar <strong>do</strong>is principais: as pequenas comunidades, inicialmente<br />

agrupa<strong>do</strong>ras de individuos e sua posterior transição para o esta<strong>do</strong> capitalista.<br />

3.1 O Atrelamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> à Fragmentação Social Através da Disciplina<br />

As relações sociais, ao definir<strong>em</strong> possibilidades positivamente, determinam também<br />

condutas que não dev<strong>em</strong> ser executadas pelas pessoas. É factível esta percepção a partir da notória<br />

influência das valorações socialmente atribuídas nas decisões individuais.<br />

Para Elias (1994), <strong>em</strong> um t<strong>em</strong>po onde as pessoas estiveram ligadas umas às outras pelas<br />

pequenas comunidades, a criação de valores seria subordinada a uma vida no cotidiano grupal, com<br />

uma grande carga levada para as decisões da comunidade e pouco espaço para o individuo.<br />

Porém, s<strong>em</strong> as conexões específicas <strong>do</strong>s grupos anteriores, o controle exerci<strong>do</strong><br />

prioritariamente pelas comunidades (assim como grande parte de to<strong>do</strong> o sist<strong>em</strong>a de relações sociais)<br />

passa a ser <strong>em</strong> grande medida uma composição individual.<br />

É possível que, quanto menos conectadas ao espaço e t<strong>em</strong>po de um sist<strong>em</strong>a de relações<br />

específico, menos sejam planificadas e homogêneas as ações particulares.<br />

As pessoas passam a ser menos coesas com os grupos anteriores e aqui entra o papel <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong>, substituin<strong>do</strong> práticas locais pelas suas normatizações, tentan<strong>do</strong> tornar-se o “único ponto de<br />

referencia universalmente impositivo para todas as medidas e divisões <strong>do</strong> espaço” (Bauman, 1999<br />

p. 36) o que culminou <strong>em</strong> uma subordinação funcional de todas as soluções arquitetônicas às<br />

necessidades da cidade e sua separação de partes por função ou por qualidade de seus habitantes.<br />

52

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!