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de <strong>em</strong>presas” (MELMAN, 2002, p. 482). O autor se refere à cooperativa Mondragon que opera na<br />
região basca <strong>do</strong> noroeste da Espanha como uma das mais importantes, com faturamento de mais de<br />
seis bilhões de dólares já <strong>em</strong> 1996.<br />
No Brasil, de acor<strong>do</strong> com Gallo (2008), <strong>em</strong> 1999, haviam 5.600 cooperativas<br />
registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com 5,5 milhões de coopera<strong>do</strong>s<br />
registra<strong>do</strong>s. E esta grande quantidade de organismos encerra <strong>em</strong> seu movimento características<br />
extr<strong>em</strong>amente diversificadas (mesmo ainda caracteriza<strong>do</strong>s enquanto noção organizativa):<br />
(...)<strong>em</strong>presas autogeridas; pequenas e médias associações ou cooperativas de<br />
produção ou comercialização; cooperativas agropecuárias formadas pelo<br />
Movimentos <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Rurais S<strong>em</strong> Terra (MST); cooperativas de trabalho<br />
e de serviços, formadas por Incuba<strong>do</strong>ras Tecnológicas de Cooperativas Populares;<br />
cooperativas de serviços de diversos tamanhos, boa parte agrupadas nas Federações<br />
de Cooperativas de Trabalho estaduais.(SINGER,1999 29 apud GALLO, 2008, p.<br />
49).<br />
As cooperativas pod<strong>em</strong> ser percebidas, por meio de sua diferenciação, como uma<br />
alternativa flexível, no contexto atual. Mas exist<strong>em</strong> características que se mantiveram.<br />
Como afirma Bhowmik (2008), os princípios básicos das cooperativas são basea<strong>do</strong>s<br />
ainda nos construtos desenvolvi<strong>do</strong>s <strong>em</strong> Rochdale, e foram adapta<strong>do</strong>s pelo movimento <strong>em</strong> to<strong>do</strong> o<br />
mun<strong>do</strong>. São eles: “um voto por cada m<strong>em</strong>bro (...); as vendas são efectuadas de acor<strong>do</strong> com os<br />
preços <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>; a distribuição <strong>do</strong>s lucros entre os accionistas t<strong>em</strong> como base as acções detidas; e<br />
a existência de um número limita<strong>do</strong> de acções por pessoa” (BHOWMIK, 2008, p. 40).<br />
No entanto, Singer (2008), não acredita na forma de exposição de um destes fatores.<br />
Para o autor, na <strong>em</strong>presa solidária não há lucro porque nenhuma parte de sua receita é distribuída<br />
<strong>em</strong> proporção às cotas de capital e, para além dessa afirmativa, as chamadas “sobras anuais”, têm<br />
uma destinação definida pelos próprios trabalha<strong>do</strong>res, o que deixa clara outra característica: a<br />
autogestão da cooperativa.<br />
29 SINGER. P. Cooperativismo e sindicatos no Brasil. Sindicalismo e Economia Solidária. 1999.<br />
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