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elação ao nível <strong>do</strong> seu cotidiano, mais marcada será sua auto percepção de individualidade<br />
singular” (Velho, 1999 p. 32). Ao que tu<strong>do</strong> indica, a sociedade fortalece algo que pode ser contrário<br />
a si, mas diferent<strong>em</strong>ente da idéia de isolamento e ausência de vínculos abordada por<br />
Tocqueville (2000) e Durkheim (1999), a massa de individualistas também está conectada à<br />
sociedade. D<strong>em</strong>onstra uma alteração na própria sociedade, que devi<strong>do</strong> a gama de posições a ser<strong>em</strong><br />
tomadas, de possibilidades de caminhos diferentes a ser<strong>em</strong> trilha<strong>do</strong>s, levou o individuo a ser a<br />
unidade valorativa principal, a partir <strong>do</strong> qual as referencias são realizadas. O individualismo é uma<br />
elevação <strong>do</strong>s sujeitos à unidade de percepção principal, a partir da qual as referencias são feitas. O<br />
individualismo é a elevação <strong>do</strong>s indivíduos ao centro a partir <strong>do</strong> qual as relações apontam.<br />
É importante notar que, ao se entender como unidade central e participar de diferentes<br />
grupos, os homens guia<strong>do</strong>s pelo individualismo, <strong>em</strong> determina<strong>do</strong>s momentos entenderiam que o<br />
valor <strong>do</strong> grupo instantâneo é prioritário e <strong>em</strong> outros não. Por esta via, são os indivíduos qu<strong>em</strong><br />
dev<strong>em</strong> ser prioriza<strong>do</strong>s, não os diversos conjuntos, o que pode ser extrapola<strong>do</strong> a níveis <strong>em</strong> que se<br />
represente ir contra a sociedade.<br />
Ao analisar ponderadamente a questão da desconexão e da contrariedade <strong>em</strong> relação aos<br />
grupos explorada enquanto conceito de individualismo por Tocqueville (2000) e Durkheim(1999)<br />
compreende-se no entanto, que a não conexão e o ato de ir contra um determina<strong>do</strong> grupo, seriam<br />
efeitos de uma maior percepção valorativa <strong>do</strong> ser humano, não um conceito central <strong>do</strong> termo.<br />
Assim, chega-se no conceito que norteará este trabalho, pois individualismo não é a<br />
desconexão ou contrariedade relativa ao grupo, mas a percepção da centralidade <strong>do</strong> individuo <strong>em</strong><br />
relação ao mesmo, atrelada assim à redução de valor <strong>do</strong>s vínculos com os diversos organismos<br />
sociais. A realidade desta discussão denota uma espécie de fragmentação entre o to<strong>do</strong> e o particular,<br />
uma independência entre indivíduo e grupo.<br />
Diante desse conceito nortea<strong>do</strong>r, <strong>em</strong>erge a necessidade de mais investigações sobre as<br />
características principais <strong>do</strong> individualismo, como sua conexão com a diferenciação horizontal e<br />
vertical, ou certa percepção <strong>do</strong> individuo enquanto ente isola<strong>do</strong>. Ficam claras também necessidades<br />
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