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claro que tinham seu ponto de vista para ser coloca<strong>do</strong>. Para tal, se aproveitaram da mesma arma<br />

utilizada para sua sujeição: seu trabalho, fragmenta<strong>do</strong>, dividi<strong>do</strong> e subordina<strong>do</strong>. Mas s<strong>em</strong> eles,<br />

grande parte <strong>do</strong> trabalho não aconteceria. Assim, o coletivo também t<strong>em</strong> voz no campo capitalista.<br />

Entretanto, não se deve exasperar as considerações sobre o coletivismo nessa esfera.<br />

Como define Singer (2008a) o capitalismo é um mo<strong>do</strong> de produção que subordina subsist<strong>em</strong>as<br />

legais e institucionais e as ligaduras <strong>do</strong> individualismo com o capitalismo prevê<strong>em</strong> conexões <strong>em</strong><br />

maior quantidade de dimensões, e todas pod<strong>em</strong> ser vistas como incoerentes com o coletivismo: a<br />

<strong>em</strong>ersão <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r operário gera sujeitos cada vez mais volta<strong>do</strong>s para si; a possibilidade de<br />

ascensão social divide o grupo <strong>em</strong> castas hierarquizadas, o que reduz a noção de igualdade; a<br />

possibilidade de diferenciação dentro de uma mesma escala também fragmenta o grupo de acor<strong>do</strong><br />

com suas nomenclaturas de cargos, d<strong>em</strong>onstran<strong>do</strong> nitidamente qu<strong>em</strong> é diferente de qu<strong>em</strong>; a divisão<br />

<strong>do</strong> trabalho fragmenta o próprio cargo, alienan<strong>do</strong> o individuo <strong>do</strong> to<strong>do</strong>; e a necessidade de<br />

mobilidade <strong>do</strong> individuo, retira o sujeito das comunidades de onde estira subscrito, desconectan<strong>do</strong>-o<br />

de valores e crenças construídas socialmente.<br />

To<strong>do</strong>s os pontos parec<strong>em</strong> contribuir sobr<strong>em</strong>aneira para o individualismo, mas três <strong>do</strong>s<br />

cinco destaca<strong>do</strong>s t<strong>em</strong> algo <strong>em</strong> comum: suger<strong>em</strong> uma quebra de vínculos, uma desconexão <strong>do</strong><br />

espaço grupal ao qual estivera subscrito. Inclusive, <strong>em</strong> diversos momentos da investigação sobre o<br />

individualismo, encontra-se,a questão da fragmentação e desvinculação <strong>do</strong>s indivíduos com grupos,<br />

que sugere mesmo uma outra questão: de que grupos/locais as pessoas estão sen<strong>do</strong> desconectadas?<br />

Todavia, mais importante <strong>do</strong> que responder a essa questão é buscar o limite e condições<br />

de interferência dessas duas esferas (a fragmentação e a desconexão individual <strong>do</strong> local). Emerge de<br />

tal d<strong>em</strong>anda, a necessidade de uma investigação mais aprofundada, que leve <strong>em</strong> consideração<br />

também aspectos que foram reflexos capitalismo, sobre um prisma amplia<strong>do</strong> na sociedade.<br />

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