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(1988), delimita a existência de evidencias de que o crescimento da economia monetária levou tanto<br />

ao declínio quanto ao aumento da servidão e também <strong>do</strong> feudalismo <strong>em</strong> determina<strong>do</strong>s momentos.<br />

Independent<strong>em</strong>ente, para o autor, tanto o crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> quanto a alteração <strong>do</strong><br />

modelo de produção <strong>–</strong> de servo para trabalha<strong>do</strong>r assalaria<strong>do</strong> <strong>–</strong> exerceram grande influencia para a<br />

transição ao capitalismo. E sua conclusão com relação a isso é que “ineficiência <strong>do</strong> feudalismo<br />

como sist<strong>em</strong>a de produção, conjugada às necessidades crescentes de renda por parte da classe<br />

<strong>do</strong>minante, foi fundamentalmente responsável por seu declínio (...)” (DOBB, 1988, p.32) já que o<br />

t<strong>em</strong>po dedica<strong>do</strong> pelo servo ao senhor feudal e a renda deste tinham ligação diretamente positiva, ao<br />

passo que o t<strong>em</strong>po dedica<strong>do</strong> pelo servo à cultura de terra para a própria subsistência e a renda <strong>do</strong><br />

senhor feudal tinham uma ligação diretamente negativa. Ou seja, quanto mais era exigi<strong>do</strong> <strong>do</strong> servo,<br />

menos condição este teria para sua própria subsistência. E isso teria chega<strong>do</strong> a um limite.<br />

Ainda agregava pressão à relação o fato <strong>do</strong> servo, <strong>em</strong> diversos locais, ter por obrigação<br />

se manter na terra <strong>do</strong> senhor feudal (mas que, diante de tamanha pressão por produção levou a uma<br />

deserção <strong>em</strong> massa <strong>do</strong>s feu<strong>do</strong>s para as cidades <strong>em</strong> diversas regiões). Segun<strong>do</strong> Dobb (1988), os<br />

fatores que dev<strong>em</strong> ter exerci<strong>do</strong> maior relevância na formatação da produção foram a abundância ou<br />

escassez, o preço alto ou baixo da mão de obra.<br />

A influência exercida pela formatação descrita contribuiu tanto para a constituição das<br />

cidades, devi<strong>do</strong> à deserção <strong>do</strong>s servos, quanto para a formação da burguesia. Mas, mesmo no<br />

interior das cidades e com certo contato com os burgueses, resquícios <strong>do</strong> feu<strong>do</strong> poderiam ser<br />

percebi<strong>do</strong>s, através de m<strong>em</strong>bros da aristocracia, <strong>do</strong>nos de terra na cidade e <strong>em</strong> seu contorno. Este<br />

fator é assas importante para a constatação delimitada por Dobb (1988): existiam camadas<br />

hierárquicas no interior das cidades. E o poder político se encontrava, <strong>em</strong> grande parte <strong>do</strong>s casos,<br />

conecta<strong>do</strong> à classe mais alta, definin<strong>do</strong> as relações de troca de merca<strong>do</strong>, como preços e monopólios.<br />

As associações de burgueses ou artesãos também exerciam este tipo de poder, no intuito<br />

de limitar a concorrência entre os próprios associa<strong>do</strong>s, o que d<strong>em</strong>onstraria uma nítida relação com o<br />

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