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Só era possível um tipo de comportamento: o racional. “Seguiu-se disso um incentivo<br />

para que o individuo supervisionasse metodicamente seu esta<strong>do</strong> de graça <strong>em</strong> sua própria conduta, e<br />

nela introduzisse o ascetismo” (WEBER, 2001, p. 112). O que levou a um planejamento racional da<br />

vida individual como um to<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong> com a vontade de Deus. Essa vida religiosa vivida então,<br />

<strong>em</strong> meio ao mun<strong>do</strong> e suas instituições levou à racionalização da conduta no mun<strong>do</strong>, moldan<strong>do</strong>-a<br />

também à perspectiva laica.<br />

Na modernidade houve inicialmente uma busca da afirmação racional e prática humana<br />

(e este processo não pode ser afirma<strong>do</strong> como termina<strong>do</strong>). Neste espaço, a visão anterior, apoiada <strong>em</strong><br />

uma concepção de magia e religião, a vida humana não teria um respal<strong>do</strong> suficient<strong>em</strong>ente forte para<br />

levar à realização da continuidade de expansionismo europeu ocidental, uma vez que, ainda<br />

segun<strong>do</strong> Reis (2003), teve início a partir <strong>do</strong> século XVIII uma nova organização política, econômica<br />

e social, onde o mun<strong>do</strong> material até mesmo desafiava a religião.<br />

O hom<strong>em</strong> moderno se engajava na procura da razão e <strong>do</strong> lucro, uma vez que, de acor<strong>do</strong><br />

com Reis (2003), a vida baseada apenas <strong>em</strong> fundamentos religiosos, levaria ao fracasso terreno.<br />

Para o autor, estas constatações levariam ao derretimento da metafísica entre os séculos XIII e XVI.<br />

Nesse perío<strong>do</strong> ocorreriam fraturas na identidade universal com o hom<strong>em</strong> como que ata<strong>do</strong> pelos<br />

braços a forças opostas: as dicotomias razão-religião e lucro-salvação.<br />

Segun<strong>do</strong> Reis (2003), pelas fraturas, havia um esforço de racionalização, já que os<br />

sentimentos contraditórios tend<strong>em</strong> a ser organiza<strong>do</strong>s de forma racional para que assim ocorra de<br />

certa forma uma legitimação de tão contraditória, e neste momento, fragmentada existência. Esse<br />

processo de racionalização se laicizou, e as sociedades passaram a ser movimentadas também pelo<br />

esta<strong>do</strong> burocrático e pela <strong>em</strong>presa capitalista. Para Weber (2001), o processo de racionalização no<br />

campo da organização econômica e técnica determina boa parte <strong>do</strong>s ideais de vida da sociedade<br />

burguesa. Trabalhar a serviço de uma organização racional para suprir a humanidade de bens<br />

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