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Os <strong>do</strong>is autores concordam, no entanto, sobre a intenção principal das cooperativas, que<br />

seria trabalhar através de princípios de igualdade e d<strong>em</strong>ocracia, por meio de uma efetiva<br />

solidariedade entre parceiros 30 .<br />

Lechat (2008) considera a economia solidária como sen<strong>do</strong> a junção entre as dimensões<br />

<strong>do</strong> econômico, social e o político, capaz de gerar um desenvolvimento solidário. De acor<strong>do</strong> com<br />

estes princípios, Singer (2008a), define as <strong>em</strong>presas solidárias como a negação da separação entre<br />

trabalho e posse <strong>do</strong>s meios de produção, ou seja, o trabalho e o capital “estão fundi<strong>do</strong>s porque to<strong>do</strong>s<br />

os que trabalham são proprietários da <strong>em</strong>presa e não há proprietários que não trabalh<strong>em</strong> na <strong>em</strong>presa.<br />

E a propriedade da <strong>em</strong>presa é dividida por igual entre to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res, para que to<strong>do</strong>s tenham<br />

o mesmo poder de decisão sobre ela” (SINGER, 2008a, p. 4).<br />

A economia solidária seria, portanto, uma alternativa ao sist<strong>em</strong>a capitalista de produção<br />

<strong>–</strong> que para Singer (2008a), pressupõe a separação entre trabalho e posse <strong>do</strong>s meios de produção<strong>–</strong> ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que se constitui numa parte dele.<br />

A economia solidária constitui um mo<strong>do</strong> de produção que, ao la<strong>do</strong> de diversos<br />

outros mo<strong>do</strong>s de produção - o capitalismo, a pequena produção de merca<strong>do</strong>rias, a<br />

produção estatal de bens e serviços, a produção privada s<strong>em</strong> fins de lucro -,<br />

compõe a formação social capitalista, que é capitalista porque o capitalismo não só<br />

é o maior <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s de produção mas molda a superestrutura legal e institucional<br />

de acor<strong>do</strong> com os seus valores e interesses (SINGER, 2008a, p. 6).<br />

A fragmentação das realidades vividas entre indivíduo e coletivo na cont<strong>em</strong>poraneidade<br />

é <strong>em</strong> alguma medida levada ao extr<strong>em</strong>o nos coopera<strong>do</strong>s, de onde culmina a separação marcante da<br />

contradição entre competição e cooperação: dentro, deteriam um laço extr<strong>em</strong>amente forte e comum:<br />

são iguais e parceiros; fora, indivíduos suscetíveis a toda espécie de particularização e<br />

diversificação, pois viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma sociedade influenciada pelo capitalismo.<br />

30 Os autores localizam as cooperativas dentro <strong>do</strong> conceito de economia solidária, que se mistura após determina<strong>do</strong><br />

momento, com o conceito de terceiro setor.<br />

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