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às realidades impostas pelo sist<strong>em</strong>a de produção excludente. Em certa medida, ss cooperativas<br />

tornaram-se uma alternativa importante.<br />

4.2 A Disparidade e Conexões <strong>do</strong> Continuum Cooperativista<br />

Mesmo oriundas de bases comuns, as cooperativas se tornaram organizações<br />

diferenciadas, adaptadas <strong>em</strong> grande medida às necessidades <strong>do</strong>s coopera<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> ambiente <strong>em</strong> que<br />

se encontravam. Nos relatos de Ide, (2005), as cooperativas pod<strong>em</strong> ser compreendidas por uma<br />

noção de <strong>do</strong>utrina moral, social e econômica, uma noção de lugar e outra de organização.<br />

Ten<strong>do</strong> como foco a noção cooperativista enquanto <strong>do</strong>utrinária, foi observada a<br />

possibilidade de construir uma “República Cooperativa”, idéia ainda inerente ao socialismo utópico,<br />

mas <strong>em</strong> paralelo com o mesmo. Pregava que “o cidadão, como produtor, é antes um servi<strong>do</strong>r ou<br />

escravo da coletividade” (IDE, 2005, p. 72).<br />

Com uma visão ainda aproximada à <strong>do</strong>utrinária, observa-se que as cooperativas eram<br />

vistas também como lugar, enquanto construto simbólico onde pessoas se afirmavam m<strong>em</strong>bros<br />

pertencentes de acor<strong>do</strong> com valores comuns. Como afirma Ide, (2005), um <strong>do</strong>s seus preceitos<br />

reforça<strong>do</strong>res era o de que seria justo a venda de produtos de boa qualidade e na quantidade exata<br />

por parte <strong>do</strong>s coopera<strong>do</strong>s aos outros participantes (uma vez que à época, era comum a troca de<br />

merca<strong>do</strong>rias e a venda de produtos <strong>em</strong> uma quantidade inconsistente).<br />

Neste trabalho, a representação das cooperativas que será principalmente analisada é a<br />

última possibilidade, verificada enquanto noção organizativa, que é uma conotação cont<strong>em</strong>porânea,<br />

prevista na legislação federal brasileira, caracterizada por forma jurídica própria e criada para<br />

prestar serviços aos associa<strong>do</strong>s. Uma vez que, <strong>em</strong> se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s coopera<strong>do</strong>s “é para eles e por eles<br />

que ela existe e vai trabalhar” (HEIDEN, 2008, p. 51), esta representação atual das cooperativas é<br />

importante, pois, “Ao contrário da sabe<strong>do</strong>ria popular, <strong>em</strong> que elas são geralmente apresentadas<br />

como experimentos excepcionais, as cooperativas têm si<strong>do</strong> altamente b<strong>em</strong> sucedidas como grupos<br />

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