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Deste mo<strong>do</strong>, os indivíduos se conectam à cooperativa por um ideal de crescimento coletivo,<br />
delimita<strong>do</strong> por objetivos e sintonia comuns, e estes laços são defini<strong>do</strong>s por objetivos que <strong>em</strong> alguma<br />
medida, estão acima <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as. Outra dimensão da ligação entre coopera<strong>do</strong>s e cooperativa é a<br />
afetiva, que leva <strong>em</strong> consideração valores relata<strong>do</strong>s por alguns m<strong>em</strong>bros pelo grupo, que se<br />
preocupam uns com os outros ou com comportamentos mais volta<strong>do</strong>s para si mesmos. Denotam<br />
uma valoração positiva para os comportamentos coletivistas e contraditórios à afirmativa que trata<br />
que o que está <strong>em</strong> vigor atualmente é “uma desconexão <strong>do</strong> poder face a obrigações (...), <strong>em</strong> suma,<br />
liberdade face ao dever de contribuir para a vida cotidiana, e a perpetuação da comunidade”<br />
(BAUMAN, 1999, p.16).<br />
Entretanto, a próxima categoria encontrada d<strong>em</strong>onstra que exist<strong>em</strong> também valorações<br />
contrárias, uma vez que a diversidade de perspectivas expõe valores individualistas, que tratam de<br />
existência de diferenciação, que é um <strong>do</strong>s traços <strong>do</strong> individualismo horizontal aborda<strong>do</strong> por<br />
Triandis (1995) e Gouveia (2007) ou <strong>do</strong> prestígio, defini<strong>do</strong> <strong>em</strong> Velho (1999). A diversidade de<br />
perspectivas atinge também da hierarquia no trabalho, traços <strong>do</strong> individualismo vertical ou da<br />
ascensão, discuti<strong>do</strong> nos mesmos autores. A característica citada ainda permite conexões com outras,<br />
como a diversidade inicial e a liberdade no trabalho.<br />
Exist<strong>em</strong> vestígios da existência de duas abordagens principais e distintas dentro das<br />
entidades: uma coletivista, conecta<strong>do</strong> ao desenvolvimento grupal e afetivamente interligada e outra,<br />
mais individualista, diversa e hierarquizada. Estas duas abordagens se conectariam por meio da<br />
persistência que se desenvolveu através <strong>do</strong>s estímulos relativos à diversidade inicial, quan<strong>do</strong> muitos<br />
colabora<strong>do</strong>res deixaram as cooperativas por não conseguir<strong>em</strong> adaptar aos objetivos solidários. A<br />
maioria <strong>do</strong>s indivíduos que restaram estariam então mais próximos de um coletivismo <strong>do</strong> que <strong>do</strong><br />
individualismo. Mas esta suposição, só seria confirmada diante da pre<strong>do</strong>minância de algum <strong>do</strong>s<br />
valores, sen<strong>do</strong> portanto, relevante compreender com mais objetividade qual o principal tipo de<br />
interesse <strong>do</strong>s indivíduos, individual ou coletivo.<br />
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