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sobre a morte das pessoas, agora é a sua vida que é extr<strong>em</strong>amente importante para os processos <strong>do</strong><br />

poder.<br />

E isso pode significar momentos <strong>em</strong> que se leva mais <strong>em</strong> consideração a parte que o<br />

to<strong>do</strong>, a pessoa que a sociedade. No entanto, seria essa capacidade de governo ten<strong>do</strong> como base o<br />

indivíduo suficiente? Para Arendt (1989), Elias (1993) e Bauman (1999), o resulta<strong>do</strong> final da<br />

exasperação das ações individuais é o caos, que o poder s<strong>em</strong>pre tentaria fugir, pois seu ideal é de<br />

controle racional.<br />

Alguns ex<strong>em</strong>plos da utilização <strong>do</strong> conhecimento racional para a eliminação das relações<br />

caóticas da sociedade, pode-se observar a construção das cidades utopistas que, segun<strong>do</strong> Bauman<br />

(1999), têm todas uma preocupação comum com um certo ideal de racionalidade feliz <strong>em</strong> sua fuga<br />

da multiplicidade de ordens existentes, sintoma <strong>do</strong> caos. Também são claros a situação da<br />

transparência e da legibilidade como uma meta necessária a todas as relações <strong>do</strong>s indivíduos. A<br />

interferência que o indivíduo enquanto referencia principal t<strong>em</strong> sobre o to<strong>do</strong>, ajuda a justificar ainda<br />

mais a tentativa de precisar e planejar racionalmente os espaços e o controle na intenção de obter<br />

resulta<strong>do</strong>s futuros mais distantes <strong>do</strong> caos.<br />

No entanto, para Foucault (1977), a resposta para o alinhamento das ações individuais,<br />

passa não somente por planejamentos e racionalizações <strong>do</strong> espaço onde os cidadãos se encontrarão,<br />

mas também, pelo planejamento <strong>do</strong> próprio sujeito, pela tentativa de fazer da pessoa, o principal<br />

espaço <strong>do</strong> poder. Para Foucault (1988), o poder <strong>em</strong>ana da subjetivação <strong>do</strong>s indivíduos, de suas<br />

atividades e sua subjetivação: se exerce através de diversos pontos; é imanente e produtor de uma<br />

subjetividade; reside no mesmo local de onde <strong>em</strong>ana a resistência.<br />

De acor<strong>do</strong> com o autor, gera-se assim uma linha de força que pode se originar de<br />

heterogeneidades, mas t<strong>em</strong> no fun<strong>do</strong> um efeito homogeneiza<strong>do</strong>r. O poder precisaria portanto, que as<br />

pessoas sejam, <strong>em</strong> sua diversidade, capazes de se mover de acor<strong>do</strong> com ilações de efeitos<br />

heg<strong>em</strong>ônicos. O individuo assim, não é o outro <strong>do</strong> poder, é sim, sua maior força, na medida <strong>em</strong> que<br />

introjeta e reflete as construções nas quais está submeti<strong>do</strong>.<br />

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