06.05.2013 Views

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

Download do arquivo em PDF - FUNEDI – UEMG

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

onde se t<strong>em</strong> um ex<strong>em</strong>plo de cooperativa de consumo importante, denominada de Pioneiros<br />

Equitativos de Rochedale, que criou uma carta de princípios conhecida e utilizada mundialmente<br />

como parâmetro até os dias atuais. Estas Cooperativas, no entanto, receberam forte pressão, sen<strong>do</strong><br />

fechadas devi<strong>do</strong> às influencias da classe patronal e <strong>do</strong>s interesses <strong>do</strong> governo daquele perío<strong>do</strong>,<br />

declaradamente hostil à idéia.<br />

O movimento cooperativista seguiu de 1830 a 1840, por meio de<br />

sociedades de socorro mútuo, balcões alimentícios e cooperativas de produção.<br />

Criadas por operários ou por artesãos que se negavam a tornar-se proletários essas<br />

iniciativas tentavam amenizar os sofrimentos trazi<strong>do</strong>s pelos acidentes, pelas<br />

<strong>do</strong>enças e pela morte. A partir de 1848, no entanto, a repressão se abateu sobre<br />

estas associações (LECHAT, 2008, p. 5).<br />

Para Lechat (2008) novas oscilações positivas no número de cooperativas <strong>em</strong>erg<strong>em</strong> com<br />

força, durante a grande crise <strong>do</strong>s anos 1873 a 1895, compostas por entidades agrícolas e de<br />

poupança, como forma de soluções de sobrevivência encontradas pelos pequenos produtores.<br />

Em momento posterior, as cooperativas também já haviam se torna<strong>do</strong> uma solução<br />

apresentada pelos operários: durante a grande crise de 1929, antes mesmo da intervenção <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>.<br />

Como movimento mais recente, a autora percebe que houve outra crise e o decorrente<br />

fechamento de <strong>em</strong>presas e des<strong>em</strong>prego a partir de 1970. Novamente, no entanto, as cooperativas se<br />

mostraram como alternativa para a solução.<br />

Floresceu então, a partir de 1977 e até 84, uma série de iniciativas para salvar ou<br />

criar <strong>em</strong>pregos, através de <strong>em</strong>presas autogeridas pelos próprios trabalha<strong>do</strong>res e isto<br />

com o apoio de alguns sindicatos progressistas. Entre 1980 e 85 foram criadas <strong>em</strong><br />

massa cooperativas de trabalha<strong>do</strong>res <strong>em</strong> toda a Europa (Defourny, 2001) 27 . Por<br />

outro la<strong>do</strong>, os inúmeros movimentos sociais e étnicos trouxeram uma nova visão<br />

<strong>do</strong> social, da sua relação com o econômico e da relação <strong>do</strong> hom<strong>em</strong> com o meio<br />

ambiente (LECHAT, 2008, p. 6).<br />

27 DEFOURNY, Jacques. Entrevista concedida a Noëlle Lechat pelo Diretor <strong>do</strong> Centre d’Études Sociales. Liège, 15<br />

jun. 2001.<br />

66

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!