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Estudo etnofarmacológico em município no Vale<br />
do Taquari – RS: sistematizando o conhecimento<br />
da população sobre o uso de plantas medicinais<br />
em doenças crônico-degenerativas – Resultados<br />
parciais<br />
Participantes: Olivia Berwanger Bouchacourt<br />
Demais participantes: Gabriel Luís Viecelin Caumo Anderson Uebel Caroline Heiss Édina<br />
Vigolo Juliana de Souza Luciana Carvalho Fernandes Carla Kauffmann Rodrigo Dall’Agnol<br />
Orientadores: Luis César de Castro<br />
Resumo:<br />
A investigação etnofarmacológica tem sido reconhecida como uma das principais<br />
estratégias para a seleção de plantas com potencialidades terapêuticas ou econômicas.<br />
No Brasil, o uso de plantas medicinais é uma prática regular, principalmente nas áreas<br />
rurais e entre idosos, porém apenas um pequeno número das mesmas possui algum<br />
tipo de estudo científico comprovando sua eficácia. A região do Vale do Taquari (VT),<br />
por suas características culturais, com influência predominantemente alemã e italiana,<br />
e demográficas, com contribuição significativa de idosos na composição da população e<br />
pequenos municípios com comunidades rurais bem definidas, apresenta-se como uma<br />
área interessante para a pesquisa etnofarmacológica. Assim, este projeto objetiva compilar,<br />
identificar e contextualizar o uso tradicional, com finalidades terapêuticas em doenças<br />
crônico-degenerativas, de plantas medicinais pela população do VT. Esta pesquisa de<br />
caráter trans<strong>ver</strong>sal está sendo desenvolvida em um município do VT, através da aplicação<br />
de um questionário semi-estruturado a indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de<br />
idade e residentes na zona rural. Os dados são transcritos e analisados em um banco criado<br />
no Microsoft Office Excel. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do<br />
Centro Uni<strong>ver</strong>sitário UNIVATES. Os dados apresentados referem-se a 43 entrevistas. Nessa<br />
amostra predominam mulheres (60,5%). A idade média dos entrevistados é de 74 anos,<br />
sendo que residem na comunidade há, em média, 50.8 anos. Além da língua portuguesa, o<br />
principal idioma/dialeto falado pelos entrevistados é a língua italiana (79,1%). Em relação<br />
à escolaridade, a média é de 3.8 anos de estudo. Em caso de adoecimento, os locais mais<br />
procurados para assistência médica são clínicas e hospitais particulares (67,4%). O problema<br />
de saúde mais relatado foi hipertensão arterial (19,1%), seguido de dislipidemia (17,4%) e<br />
de gastrite (9,6%). Dentre os entrevistados, a maioria utiliza plantas medicinais (90,7%). A<br />
planta mais utilizada é marcela (21,4%), seguida de camomila (14,5%) e de boldo (7,7%). As<br />
plantas são utilizadas principalmente para o tratamento de problemas de estômago (37,6%),<br />
como calmante (11,1%) e para proporcionar bem-estar (9,4%). Desta forma, pode-se observar<br />
que o uso de plantas medicinais é frequente entre a população amostrada, no entanto, não<br />
para o tratamento de doenças crônico-degenerativas. \rPalavras-chave: Plantas medicinais,<br />
etnofarmacologia, doenças crônico-degenerativas, Vale do Taquari-RS<br />
Instituição: <strong>Univates</strong><br />
Campus: Lajeado<br />
Financiador: <strong>Univates</strong><br />
E-mail: oliberwanger@gmail.com<br />
Data do cadastro: 25/09/2012<br />
Equipamentos: Datashow, Notebook<br />
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SUMÁRIO<br />
Anais do XI Salão de Iniciação Científica da <strong>Univates</strong>