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Estudo etnofarmacológico no Vale do Taquari –<br />
RS: sistematizando o conhecimento da população<br />
sobre o uso de plantas medicinais em doenças<br />
crônico-degenerativas – Resultados parciais<br />
Participantes: Olivia Berwanger Bouchacourt<br />
Demais participantes: Gabriel Luís Viecelin Caumo Anderson Uebel Caroline Heiss Édina<br />
Vigolo Juliana de Souza Luciana Carvalho Fernandes Carla Kauffmann Rodrigo Dall’Agnol<br />
Orientadores: Luis Cesar de Castro<br />
Resumo:<br />
O estudo etnofarmacológico e etnobotânico é reconhecido como uma forma de seleção<br />
de plantas medicinais, sendo considerado como um valioso atalho para descoberta de novos<br />
fármacos, uma vez que possibilita uma pré-triagem de plantas ou remédios caseiros, tendo<br />
como base o emprego popular e tradicional dos mesmos (ELISABETSKY, 2003; COELHO<br />
et al., 2005). No Brasil, o uso de plantas medicinais é uma prática regular, principalmente<br />
nas áreas rurais e entre idosos, porém apenas um pequeno número das mesmas possui<br />
algum tipo de estudo científico comprovando sua eficácia. A região do Vale do Taquari,<br />
por suas características culturais, com influência predominantemente alemã e italiana,<br />
e demográficas, com contribuição significativa de idosos na composição da população e<br />
pequenos municípios com comunidades rurais bem definidas, apresenta-se como uma<br />
área interessante para a pesquisa etnofarmacológica. Assim, este projeto objetiva compilar,<br />
identificar e contextualizar o uso tradicional, com finalidades terapêuticas em doenças<br />
crônico-degenerativas, de plantas medicinais pela população do Vale do Taquari – RS.<br />
Esta pesquisa de caráter trans<strong>ver</strong>sal está sendo desenvolvida em um município do Vale do<br />
Taquari, através da aplicação de um questionário semi-estruturado a indivíduos com idade<br />
igual ou superior a 60 anos de idade e residentes na zona rural. Os dados são transcritos<br />
e analisados em um banco criado no Microsoft Office Excel. O projeto foi submetido e<br />
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Uni<strong>ver</strong>sitário UNIVATES. Os dados<br />
apresentados referem-se a 20 entrevistas. Nessa amostra predominam mulheres (65%). A<br />
idade média dos entrevistados é de 68 anos, sendo que residem na comunidade há, em<br />
média, 37,8 anos. Além da língua portuguesa, o principal idioma/dialeto falado pelos<br />
entrevistados é a língua alemã (55%). Em relação à escolaridade, a média é de 4,3 anos<br />
de estudo. Em caso de adoecimento, o local mais procurado é a Unidade Básica de Saúde<br />
(95,5%). A renda familiar da maior parte dos entrevistados é de 1 a 3 salários-mínimos<br />
(85,5%). O problema de saúde mais relatado foi hipertensão arterial (19,1%), seguido de<br />
dislipidemia (17,4%) e de gastrite (9,6%). Dentre os entrevistados, a maioria não utiliza<br />
plantas medicinais (65%) podendo este fato ser consequência da falta de conhecimento a<br />
respeito das plantas e/ou acesso facilitado a serviços de saúde.\rPalavras-chave: Plantas<br />
medicinais, etnofarmacologia, doenças crônico-degenerativas, Vale do Taquari-RS<br />
Instituição: <strong>Univates</strong><br />
Campus: Lajeado<br />
Financiador: <strong>Univates</strong><br />
E-mail: oliberwanger@gmail.com<br />
Data do cadastro: 25/09/2012<br />
Equipamentos: Datashow, Notebook<br />
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SUMÁRIO<br />
Anais do XI Salão de Iniciação Científica da <strong>Univates</strong>