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PRÁTICAS LABORAIS EM DISTINTAS FORMAS DE VIDA: UM<br />
ESTUDO NA PERSPECTIVA DA ETNOMATEMÁTICA<br />
Participantes: Stephanie Cristine Hepp Rehfeldt<br />
Demais participantes: Ieda Maria Giongo Márcia Jussara Hepp Rehfeldt Marli Teresinha<br />
Quartieri<br />
Orientadores: Ieda Maria Giongo<br />
Resumo:<br />
Este resumo apresenta um estudo de caso que problematiza como três profissionais,<br />
residentes em um pequeno município do Vale do Taquari, operam com conceitos vinculados<br />
à Matemática em suas práticas laborais. Tal estudo resulta de uma das ações da pesquisa<br />
denominada “Ciências Exatas na Escola Básica” que estão em desenvolvimento no Centro<br />
Uni<strong>ver</strong>sitário UNIVATES de Lajeado, RS. Os aportes teóricos estão fundamentados no<br />
campo da Educação Matemática denominado Etnomatemática. Em termos metodológicos,<br />
foram realizadas entrevistas gravadas e, posteriormente, transcritas nos locais de trabalho<br />
de cada profissional, bem como excertos de filmagens e fotografias que foram registradas<br />
no decorrer das mesmas. O primeiro profissional entrevistado, um funileiro, determina<br />
o comprimento dos telhados de acordo com o que os clientes solicitam, considerando o<br />
caimento desejado, fazendo uso apenas de régua e papel. Com esse material, desenha um<br />
triângulo retângulo que representa o referido telhado e, por escala, chega a um resultado<br />
aproximado do comprimento do mesmo. Segundo ele, aprendeu tal método com seu pai<br />
e também pela troca de experiências com os pedreiros. Esclareceu, ainda, que conhece o<br />
assim chamado Teorema de Pitágoras, mas não o usa com frequência, somente quando<br />
lhe é especialmente solicitado por algum cliente. Já, o segundo, um madeireiro, utiliza o<br />
valor truncado da constante π para calcular o volume das toras comercializadas. Ele<br />
também afirma que aprendeu os cálculos com o pai e não lembra de ter estudado a constante<br />
na escola. Emprega também a fórmula do volume quando deseja transportar a madeira.<br />
Para isso, mede as dimensões do caminhão e consegue determinar quantos metros cúbicos<br />
de madeira está vendendo. O terceiro, também madeireiro, vale-se da proporcionalidade<br />
para estabelecer quantas tábuas podem ser produzidas a partir de uma determinada tora.<br />
Com a análise do material de pesquisa, foi possível evidenciar que os entrevistados, embora<br />
afirmem ter aprendido os cálculos nas práticas laborais, fazem uso de regras que possuem<br />
semelhança de família com as utilizadas usualmente na matemática escolar. Os resultados<br />
desta investigação são produtivos para a problematização da educação matemática na<br />
escola básica.\rPalavras-chave: Etnomatemática, Práticas Laborais, Semelhanças de Família<br />
Instituição: <strong>Univates</strong><br />
Campus: Lajeado<br />
Financiador: FAPERGS<br />
E-mail: srehfeldt@uni<strong>ver</strong>so.univates.br<br />
Data do cadastro: 18/09/2012<br />
Equipamentos: Datashow, Netbook<br />
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SUMÁRIO<br />
Anais do XI Salão de Iniciação Científica da <strong>Univates</strong>