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Aproveitamento do soro de ricota para produção<br />
de bioprodutos<br />
Participantes: Angélica Vincenzi<br />
Demais participantes: Daniel Neutzling Lehn Eniz Conceição Oliveira Mônica Jachetti Maciel<br />
Orientadores: Claucia Fernanda Volken de Souza<br />
Resumo:<br />
O Brasil é um dos principais produtores mundiais de leite. Dentre seus estados, se<br />
destaca o Rio Grande do Sul, com produção expressiva no Vale do Taquari, onde representa<br />
importante atividade socioeconômica por meio das inúmeras indústrias de laticínios dessa<br />
região. Aproximadamente 40% da produção leiteira do Vale do Taquari é destinada à<br />
fabricação de queijo, gerando grande quantidade de soro de queijo, posteriormente utilizado<br />
na fabricação de ricota. Deste processo é obtido o soro de ricota, subproduto importante<br />
das indústrias de laticínios, pelo volume gerado e potencial poluidor, devido à elevada<br />
carga orgânica. A alta concentração de lactose no soro de ricota sugere a possibilidade de<br />
con<strong>ver</strong>ter esse açúcar em um produto de valor agregado, reduzindo a carga orgânica do<br />
soro. Assim, o objetivo deste estudo foi <strong>ver</strong>ificar a viabilidade de aproveitamento do soro<br />
de ricota como meio de cultivo para produção de bioetanol. Para a fermentação alcoólica<br />
da lactose foram empregadas as leveduras Kluy<strong>ver</strong>omyces marxianus (ATCC 46537, 16045<br />
e 12424) e Kluy<strong>ver</strong>omyces lactis (ATCC 24176). O meio de fermentação utilizado foi o soro<br />
de ricota do queijo tipo lanche obtido de uma indústria de laticínios do Vale do Taquari/<br />
RS. Para cada levedura avaliou-se o soro de ricota estéril e o não estéril. Amostras do meio<br />
de cultura fermentado em incubadora com agitação orbital foram coletadas periodicamente<br />
e submetidas às análises de biomassa, pH, teor de lactose e teor de etanol. Os resultados<br />
obtidos mostram que a levedura K. marxianus 46537 apresentou a maior concentração<br />
final de biomassa para o soro estéril. As leveduras K. marxianus (46537, 16045 e 12424)<br />
apresentaram pH constante durante o cultivo para os dois tipos de soro, enquanto que para<br />
a levedura K. lactis 24176 o pH variou ao longo do cultivo. A concentração inicial de lactose<br />
no soro de ricota foi de aproximadamente 47 g/L. Para as leveduras K. marxianus 16045,<br />
46537 e 12424, a concentração de lactose diminuiu rapidamente e se tornou constante a<br />
partir de 20 h (K. marxianus 16045) e 12 h (K. marxianus 12424 e 46537) para os soros estéreis<br />
e não-estéreis. A levedura K. lactis 24176 apresentou um comportamento diferente, com<br />
pequena redução da concentração de lactose. Os resultados obtidos indicam que é possível<br />
obter bioetanol a partir da con<strong>ver</strong>são da lactose presente no soro de ricota, principalmente<br />
empregando as leveduras da espécie K. marxianus.\rPalavras-chave: Laticínios, Soro de<br />
Ricota, Bioetanol, Kluy<strong>ver</strong>omyces marxianus<br />
Instituição: <strong>Univates</strong><br />
Campus: Lajeado<br />
Financiador: FAPERGS<br />
E-mail: angelica.vincenzi@hotmail.con<br />
Data do cadastro: 12/09/2012<br />
Equipamentos: Datashow, Notebook<br />
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SUMÁRIO<br />
Anais do XI Salão de Iniciação Científica da <strong>Univates</strong>