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Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2003-2004 - Cepa

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128SÍNTESE ANUAL DA AGRICULTURA DESANTA CATARINA <strong>2003</strong>-<strong>2004</strong>TOMATESe os preços foram bons no ano passado,em <strong>2004</strong> vêm sendo menos remuneradores,pois, comparando-se a médiados primeiros quatro meses <strong>de</strong>steano em relação à do mesmo período <strong>de</strong><strong>2003</strong>, verifica-se uma redução em torno<strong>de</strong> 26%, e uma inversão <strong>de</strong> situação;enquanto em <strong>2003</strong> as médias mensaisforam altas e crescentes, em <strong>2004</strong> forambaixas e <strong>de</strong>crescentes (Tabela 5).Os preços remuneradores nos primeirosmeses <strong>de</strong> <strong>2003</strong> foram <strong>de</strong>correntes<strong>de</strong> expressiva alta a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong>semana <strong>de</strong> fevereiro até a segun<strong>da</strong>semana <strong>de</strong> abril, tanto no atacado(142%) quanto para o produtor (190%).Este fato foi conseqüência <strong>da</strong> escassezdo produto no mercado neste período,ocasionado pela concentraçãodo plantio (por problemas climáticos)e pelo excesso <strong>de</strong> chuvas no período <strong>da</strong>colheita, prejudicando a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> etambém a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto. Outracausa <strong>da</strong> elevação dos preços foi a altacotação do dólar nos últimos meses <strong>de</strong>2002 e primeiro quadrimestre <strong>de</strong> <strong>2003</strong>,aumentando os gastos com insumos ereduzindo a margem <strong>de</strong> lucro.A partir do final <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> <strong>2003</strong>, o<strong>de</strong>clínio verificado foi provocado pelamaior oferta do produto no mercado,tendo em vista o início <strong>de</strong> colheitanos municípios <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Florianópolise pela entra<strong>da</strong> no estado <strong>de</strong> produçãopaulista, que também iniciou acolheita em algumas regiões. Com ofinal <strong>da</strong>s lavouras <strong>de</strong> inverno e a diminuição<strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> produto catarinenseem agosto e setembro, tem inícioum novo ciclo altista dos preços,que se acentua <strong>de</strong> outubro a <strong>de</strong>zembro,face ao período <strong>de</strong> estiagem queatinge o estado, dificultando o plantiodo tomate <strong>de</strong> verão, o qual se concentraa partir <strong>de</strong> novembro, com a ocorrência<strong>de</strong> chuvas. A partir <strong>de</strong> janeiro,tem início a colheita nas regiõesgran<strong>de</strong>s produtoras, provocando umaumento <strong>da</strong> oferta do produto e umperíodo <strong>de</strong> preços <strong>de</strong>clinantes, que seesten<strong>de</strong> até final <strong>de</strong> abril, quando seencerra a colheita <strong>de</strong> verão.Deve-se salientar que, se na tabela 5 eno gráfico 1 é possível visualizar umacerta estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos preços nos diversosanos, também se po<strong>de</strong>m constatarpicos <strong>de</strong> alta, como a <strong>de</strong> outubroa <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, a <strong>de</strong> março aabril e <strong>de</strong> agosto a setembro <strong>de</strong> 2002, a<strong>de</strong> janeiro a março e <strong>de</strong> agosto a outubro<strong>de</strong> <strong>2003</strong>, e também picos <strong>de</strong> baixa,como os <strong>de</strong> setembro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2002 e março a agosto <strong>de</strong> <strong>2003</strong>.A estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos preços durante operíodo <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> comercializaçãoé um aspecto positivo, pois dáao produtor segurança para investir naativi<strong>da</strong><strong>de</strong>; contudo, as freqüentes variaçõese inversões dos preços trazeminsegurança e <strong>de</strong>sestímulo, <strong>de</strong>ixandoo produtor em dúvi<strong>da</strong> quanto a continuara investir na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.José Eláudio Della Giustina

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